publicado a: 2017-12-12

Controlo do escaravelho vermelho da palmeira

O escaravelho vermelho da palmeira (Rhynchophorus ferrugineus) é uma praga exótica, originária da África subsaariana que tem dizimado as palmeiras da espécie Phoenix canariensis.

Procedimentos a seguir no controlo do Escaravelho vermelho da palmeira

Medidas indiretas

Em novas plantações, escolher espécies tidas como não atrativas para o escaravelho vermelho.

No processo de aquisição de plantas aos produtores e/ou fornecedores, verificar a sua proveniência e a existência do respetivo passaporte fitossanitário, observando cada planta, para confirmar que esteja livre de escaravelho. Evitar qualquer tipo de feridas, uma vez que estas favorecem os ataques do escaravelho.

Evitar podas excessivas e podar de preferência nos meses de menor atividade da praga (novembro a fevereiro). Não plantar espécies hospedeiras nas zonas invadidas pelo escaravelho.

Medidas diretas

Palmeiras sãs ou sem sintomas

Vigilância para deteção precoce do inseto ou de sinais e/ou sintomas suspeitos. Podar só as folhas secas, evitando podas excessivas, tipo “ananás” e qualquer tipo de ferimento, que favorecem os ataques do escaravelho. Os cortes devem ser lisos e não lascados. Podar de novembro a fevereiro (período de menor atividade do inseto adulto).

Destruição dos resíduos de poda por trituração, queima ou enterramento a mais de 2 m de fundo; caso seja necessário efetuar a poda de folhas verdes, a superfície do corte deve ser selada com um isolante apropriado.

Efetuar tratamentos preventivos das palmeiras podadas e das sãs, com ou sem sintomas, na zona envolvente, utilizando os produtos homologados e nos períodos a seguir indicados.

Palmeiras pouco afetadas (em recuperação)

Poda sanitária.
Eliminação de todas as folhas que apresentem orifícios ou galerias das larvas.
Limpeza de toda a parte afetada da palmeira, até ao tecido são, tendo o cuidado de não danificar o gomo apical (único gomo de crescimento da planta). Podar de novembro a fevereiro (período de menor atividade do inseto adulto).

Destruição dos resíduos de poda por trituração, queima ou enterramento a mais de 2 m de fundo; caso seja necessário efetuar a poda de folhas verdes, a superfície do corte deve ser selada com um isolante apropriado.

Efetuar tratamentos preventivos das palmeiras podadas e das sãs, com ou sem sintomas, na zona envolvente, utilizando os produtos homologados e nos períodos a seguir indicados.

Palmeiras muito afetadas ou mortas (para abate)

As palmeiras com infestação em fase avançada e sem recuperação possível devem ser abatidas, procedendo a:

  1. Tratamento prévio com inseticida homologado, para evitar a dispersão dos insetos no momento do abate. Este tratamento pode ser dispensado se o abate for nos meses de inverno.
  2. Proteção e isolamento da zona, durante os trabalhos, estendendo uma lona ou plástico no chão para recolha dos resíduos resultantes do abate.
  3. Corte das folhas e da coroa.
  4. Limpeza da área e destruição dos resíduos e materiais resultantes do abate no local ou seu transporte em camião fechado ou coberto com lona ou rede, que evite o risco de dispersão de insetos durante o trajeto, para um local onde se procederá à sua rápida destruição por queima, trituração ou aterro a pelo menos 2 metros de profundidade.

Estação de Avisos de Entre Douro e Minho - Circular nº19/2017

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