publicado a: 2016-03-16

​Escaravelho das Palmeiras

Continua a registar-se um aumento dos estragos causados por este organismo de quarentena. As palmeiras atacadas apresentam as folhas serrilhadas, pendentes, destacando-se com facilidade. A coroa da palmeira fica desguarnecida de folhas jovens e as folhas velhas secam e tombam, tomando a planta o aspeto de um chapéu-de-chuva aberto. Podem ser visíveis orifícios na base das folhas com a presença de larvas, pupas ou adultos do inseto dentro dos casulos.

Os proprietários, públicos ou privados, de palmeiras com sintomas ou sinais suspeitos devem informar a Direção Regional de Agricultura e Pescas da sua área, para que seja avaliada a medida fitossanitária a aplicar.


Medidas fitossanitárias

Palmeiras muito infestadas ou mortas

Medida a aplicar – Abate e destruição

  • Tratar com produto homologado antes do corte para evitar dispersão dos adultos no momento do abate. Este tratamento pode ser dispensado se o abate for efectuado entre Novembro e Fevereiro.
  • Após eliminação das folhas, cortar a coroa e o espique (caule da palmeira) até não se observarem galerias da praga na zona de corte.
  • Aplicar pasta cicatrizante com acção insecticida na zona de corte do espique.
  • Recolha de todos os materiais e resíduos (p.e. – casulos) resultantes do abate.
  • Destruição no local por queima, trituração ou aterro a pelo menos 2 metros de profundidade.
  • Na impossibilidade de destruir no local, o transporte deve ser efectuado em camião fechado ou coberto com lona ou rede que evite a dispersão de insectos, devendo a destruição (queima, trituração ou aterro) decorrer com a maior brevidade possível.


Palmeiras com sintomas leves ou pouco infestadas (em recuperação)

Medida a aplicar – Poda sanitária e tratamentos fitossanitários

  • Eliminar todas as folhas que apresentem orifícios ou galerias provocadas pela actividade das larvas.
  • Limpeza de toda a parte afectada da palmeira até chegar aos tecidos sãos, tendo o cuidado de não danificar o gomo apical.
  • Os restos da poda devem destruídos por queima, trituração ou enterramento, preferencialmente no local. Sendo necessário destruir os restos de poda noutro local devem adoptar-se procedimentos que evitem o risco de dispersão de insectos durante o transporte (Ver recomendações para as palmeiras muito infestadas ou mortas).
  • Tratar todas as palmeiras sujeitas a poda sanitária e as que não apresentem sintomas na área envolvente com produtos homologados.


Palmeiras sem sintomas visíveis

Medida a aplicar – Medidas culturais preventivas e, se houver risco fitossanitário, tratamentos fitossanitários

  • Efectuar a poda entre Novembro e Fevereiro.
  • Podar só as folhas secas, evitando podas excessivas (tipo “ananás”)
  • Efectuar cortes lisos e não lascados.
  • Destruir por queima, trituração ou enterramento os resíduos resultantes da poda.
  • Se necessário o corte de folhas verdes, proteger a superfície de corte com pasta cicatrizante com acção insecticida.
  • Se localizadas nas proximidades de exemplares atacados, efectuar tratamentos fitossanitários preventivos.


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Fontes: DRAPCentro / SNAA

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