publicado a: 2016-10-26

Vinha: Podridão Agrárica ou Radicular provocada por Armillaria mellea

A seguir às primeiras chuvas do outono que têm caído, podem aparecer na base dos troncos das videiras infetadas por Armillaria, os carpóforos (cogumelos) do fungo (ver figura abaixo).


As videiras atingidas por Armillaria devem ser arrancadas, retirando cuidadosamente todos os restos das raízes. Não se devem replantar videiras no lugar das que morreram com Armillaria, pois, como o fungo sobrevive em restos de raízes e lenha morta no solo, as novas serão infetadas e morrerão também de seguida. Não existe tratamento acessível e eficaz para a podridão das raízes causada por Armillaria.

Na plantação de novas vinhas e na retancha de videiras, devem-se utilizar sempre tutores de madeira tratada ou canas, evitando assim a possível infeção das jovens videiras por Armillaria presente em tutores de madeira não tratados.


Uma vez que, até ao momento, não há tratamento eficaz, as medidas a tomar são de natureza preventiva. Portanto, deveremos ter em atenção:

1 - Não instalar plantações em terrenos com má drenagem.

2 - Não incorporar estrumes mal curtidos nas covas de plantação, uma vez que estes podem veicular o fungo.

3 - Na preparação do terreno, remover os cepos e restos de raízes de árvores e arbustos que aí se encontrem. Se possível, observar algumas raízes para verificar se o fungo está ou não presente.

4 - Nas vinhas, pomares e jardins quando forem detetadas plantas afetadas pela doença, estas deverão ser arrancadas e queimadas, retirando os restos de raízes da terra. Não replantar no mesmo local.

O fungo pode permanecer durante muitos anos em restos de raízes afetadas que permanecem no terreno.

Deverá ter-se sempre presente que:

  • instalar uma cultura num terreno infetado põe em risco o investimento feito.
  • não há, até ao momento, tratamento eficaz para a podridão radicular causada por Armillaria.


Fonte: SNAA / Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte

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