publicado a: 2015-09-02

Estudante encontra solução simples para preservar fruta

Uma solução de baixo custo, a partir de fécula de mandioca e óleo de cravo-da-índia, pode ajudar a resolver um problema da sociedade moderna, o desperdício de alimentos. A ideia resulta de um ano de investigação do estudante Josemar Gonçalves de Oliveira Silva, do campus de Planaltina do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (Brasil).

Para obter o resultado, a fruta a ser preservada deve ser mergulhada em solução preparada com a fécula de mandioca e o óleo essencial de cravo-da-índia. O custo de produção do litro é inferior a R$ 5, aproximadamente 1,20€. A preparação é bastante simples. Após a aplicação, o alimento ganha, em média, mais dez dias de vida. Para importação ou transporte dentro do país é um tempo considerável. “Numa pesquisa, constatei que 40% das bananas colhidas são perdidas por causa de doenças, um número muito alto”, diz o estudante.

Ao realizar testes, Silva observou que não houve o desenvolvimento de doenças nos frutos revestidos. “A fórmula impede o desenvolvimento de micro-organismos, principalmente os fungos”, diz. “Além disso, traz outras melhorias ao alimento, como retardar a maturação, melhorar as características externas e aumentar o tempo de vida de prateleira dos frutos, isso tudo sem alterar as características originais do produto.”

O projeto, "Embalagem Biodegradável e Ativa com Função Antimicrobiana para Aplicação em Alimentos", é considerado pelo autor um novo conceito de embalagem. “É o que se chama de embalagem ativa, que interage com o alimento controlando determinada característica”, explica.


Patente

Aos 20 anos, Silva frequenta a licenciatura em biologia. Ele já concluiu os cursos técnicos em agroindústria e em tecnologia em agroecologia. O próximo passo é verificar a patente e pesquisar alternativas de automatização do processo para aplicação em grande escala. O estudante garante, no entanto, que a fórmula está pronta para ser usada.

“O pequeno produtor, os revendedores ou até mesmo a dona de casa já podem fazer a aplicação”, salienta. “Para os grandes produtores, a ideia é buscar parceiros para uma produção a nível industrial.” Ele cita a possibilidade de um processo automatizado para grande escala, “com aplicação por spray, com os frutos pendurados ou em esteira e, depois, numa câmara de secagem rápida”. A curto prazo, o objetivo é disseminar o conhecimento, ao divulgar a fórmula a pequenos produtores e revendedores.


Fonte: Agrosoft

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