publicado a: 2017-01-04

Gondomar eliminou 172 ninhos de vespa asiática em 2016

O Serviço Municipal de Proteção Civil de Gondomar eliminou 172 ninhos de vespa velutina, ou asiática, em 2016, mais 125 do que em 2015, numa ação que representa para a Câmara Municipal custos na ordem dos 100 mil euros.

De acordo com os dados da Proteção Civil de Gondomar, em 2016 foram registados 307 alertas associados a insetos e a vários tipos de vespa. “Destas ocorrências, os serviços confirmaram a presença de 207 vespas/ninhos de vespas asiáticas, mais 102 do que ano anterior. Houve, por isso, em 2016, uma centena de falsos alarmes (54 casos em 2015)”, diz fonte institucional da autarquia.

Nas últimas semanas de 2016, por “força da queda de folhas das árvores, têm surgido dezenas de alertas para ninhos de vespas, cuja destruição, depois de validado o respetivo alerta, apenas ocorrerá em 2017”, acrescenta a mesma fonte.


Vespa a Norte

A vespa velutina é uma espécie não-indígena, predadora de insetos, entre eles a abelha europeia, encontrando-se, conforme dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, circunscrita a concelhos do Norte do País. Esta vespa é proveniente de regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia, do leste da China, da Indochina e do arquipélago da Indonésia, ocorre nas zonas montanhosas e mais frescas da sua área de distribuição, daí o seu nome comum de “asiática”.

A sua introdução involuntária na Europa ocorreu em 2004 no território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Espanha em 2010, em Portugal e Bélgica em 2011 e em Itália em finais de 2012.

Na Primavera uma só vespa, a rainha que hibernou durante o Inverno, constrói um ninho de pequena dimensão (aproximadamente uma bola de ténis), criando algumas vespas que irão posteriormente construir os ninhos que podem atingir grandes dimensões. Os ninhos são construídos em locais com pouca frequência humana, preferencialmente em pontos altos e isolados. Os principais efeitos negativos da presença desta espécie são sobre a apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas e a expansão de ninhos em locais de frequência humana.

Após a deteção de uma suspeita de ninho ou de exemplares de vespa velutina, deverá fazer colocar-se o registo com fotografia no site www.sosvespa.pt, informar o SMPC (Junta de Freguesia ou Câmara Municipal) e isolar o local onde se encontra o ninho sem nunca mexer nele.

“O Município de Gondomar cumpre as normas estabelecidas no Plano de Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal, documento elaborado pela Direção-geral de Alimentação e Veterinária, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária”, garante a autarquia.


Fonte: Agricultura e Mar Actual

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