publicado a: 2016-07-27

Mosca da azeitona

Começam a registar-se capturas de mosca da azeitona.

Os prejuízos originados pela mosca da azeitona são qualitativos e quantitativos. A atividade da larva no interior da azeitona afeta o seu desenvolvimento e provoca a sua queda prematura. Azeitonas de mesa são desvalorizadas pela simples picada de postura da mosca, e os prejuízos podem ser totais. Azeitonas atacadas pela mosca dão origem a azeites ácidos e com índices elevados de peróxidos. Grande parte da colheita pode ser perdida, pois as azeitonas caem prematuramente e apodrecem.


Formas de luta:


Luta biológica

Tem sido utilizado com êxito um inseticida biológico à base de spinosade. Trabalhos recentes com outro insecticida biológico, à base de diversas estirpes de Bacillus thuringiensis, abrem igualmente novas possibilidades de luta contra a mosca da azeitona. É possível fazerem-se também pulverizações à base de argilas (caulinite), que funcionam como barreira à postura. Trabalhos experimentais demonstram eficácia superior a 80% na redução das posturas.


Luta biotécnica

Captura massiva - utilização de garrafas de plástico contendo uma solução atrativa. As garrafas devem ser colocadas na parte da copa virada a sudeste, na razão de uma para cada 2 ou 3 oliveiras. Colocar a partir de junho e reforçar se as populações de mosca forem elevadas. Com este método, consegue-se capturar e eliminar grande parte da população de moscas.

Luta atracticida - utilização de dispositivos de atração e morte contendo um atrativo alimentar ou sexual e um inseticida. As moscas são atraídas a estes dispositivos e ao entrarem em contacto com o inseticida, acabam por morrer. É um método compatível com a produção biológica, tal como a captura massiva e a utilização de argilas e inseticidas biológicos.


Tratamentos químicos

Deve adoptar-se um programa de proteção integrada, que englobe os meios disponíveis acima descritos e apenas se necessária, a aplicação de inseticidas. Podem ser feitos tratamentos químicos preventivos adulticidas, destinados a eliminar os adultos e a impedir as posturas. Conseguem-se bons resultados aplicando uma calda inseticida contendo um atrativo alimentar ou sexual (feromona). Neste caso, deve-se fazer um tratamento localizado, aplicando a calda apenas na parte da copa da árvore virada a sul ou em bandas ou linhas alternadas, tratando-se de olivais plantados em linha ou em bardo. Deve-se dar preferência aos tratamentos preventivos. Os tratamentos ditos curativos larvicidas visam a destruição das larvas e obrigam ao tratamento integral das árvores, de modo a atingir todos os frutos. São mais nocivos do ponto de vista ambiental e da saúde do consumidor, pelos resíduos que podem deixar e pelas mais intensas perturbações da entomofauna do olival. Devem-se respeitar as datas de tratamento os métodos de aplicação dos tratamentos a alternância de produtos os intervalos de segurança.

(DRAP-Norte - Estação de Avisos de Entre Douro e Minho)


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