publicado a: 2015-04-10

Análise semanal dos mercados

7 abril

Os mercados europeus estiveram fechados ontem, reabrindo hoje depois do longo fim-de-semana de Páscoa.

Espera-se uma sessão calma com tendência para a descida do preço dos cereais, devido à revalorização do euro face ao dólar e à descida das cotações ontem em Chicago.

As condições climatéricas continuam boas na Europa, prevendo-se uma boa produtividade dos campos.

No mercado americano descida do preço de todos os produtos.

O milho foi o que menos desceu, com algum atraso nas sementeiras devido às chuvas, chuvas essas que estão a ser muito benéficas para o trigo.

A soja também desceu depois dos ganhos da passada semana. Os operadores estão à espera do boletim mensal do Departamento Agrícola dos Estados Unidos com dados dos stocks e das trocas internacionais.

No mercado do Mar Negro nada de relevante a salientar.


8 abril

A reabertura dos mercados europeus ontem não veio trazer grandes alterações ao mercado, com uma estabilização dos preços. Realizaram-se poucas transacções e espera-se hoje a publicação dos relatórios do France Agrimer sobre os stockseuropeus.

Entretanto, confirma-se uma redução significativa para as áreas semeadas de colza.

No mercado americano estabilidade do preço dos cereais, com os operadores a aguardarem os resultados do relatório mensal do Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA), que será publicado amanhã. Entretanto, os fundos têm vendido as suas posições de curto prazo, o que pode vir a ter influência na evolução das cotações.

A soja voltou a registar nova descida, sobretudo devido à expectativa do número que será apontado para os stocks pelo relatório mensal da USDA. A Argentina já começou a colocar soja no mercado, o que levou a menor procura pela soja brasileira. Espera-se uma colheita recorde este ano na Argentina.

No mercado do Mar Negro parece ter-se dissipado as dúvidas quanto a eventuais perdas de produção, devido às condições atmosféricas de Inverno.

As boas condições do início da Primavera deixam antever um estado das culturas perfeitamente normal. Existem, contudo, alguns atrasos vegetativos que levam alguns operadores a continuarem a especular sobre as produtividades, mas que não devem ter grande influência sobre a produção global daquela região.


9 abril

O dia de ontem foi de estabilização de preços dos cereais nos mercados europeus.

Conforme estava anunciado, foi publicado o relatório do France Agrimer em relação aos stocks. Assim, no que diz respeito ao milho e apesar do aumento das exportações francesas para outros países comunitários, os stocks ascendem a 3,77 milhões de toneladas, ou seja, mais 1,48 milhões de toneladas que no ano passado.

Em relação ao trigo também se regista um considerável aumento em relação ao ano passado (+1,2 milhões de toneladas), para se situar nos 3,58 milhões de toneladas.

O preço da colza está estável, depois de se confirmar uma redução de 2,1% da área semeada este ano.

No mercado americano a sessão foi caracterizada por uma grande estabilização de preços, pois os operadores esperam o relatório do Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA) para tomarem decisões.

O milho registou, contudo, uma ligeira descida de preços, pois os analistas pensam que os stocks vão ser revistos em alta no relatório mensal da USDA. Entretanto, chegou as chuvas às grandes planícies americanas, o que pode antever uma boa produtividade para o trigo.

No mercado do Mar Negro temos a destacar a grande melhoria das condições atmosféricas, que têm levado a uma substancial melhoria do estado das culturas.

Neste momento começam a existir incertezas de que as previsões pessimistas para a produção de trigo venham a ser uma realidade.


10 abril

Estabilidade de preços nos mercados europeus para os cereais, com os operadores a aguardarem o relatório do Departamento Agrícola dos Estados Unidos (USDA) que saiu ontem à tarde.

As condições climatéricas continuam boas na Europa, o que é favorável a uma boa produção. As exportações europeias estão a cair, tendo sido só emitido por Bruxelas certificados à exportação de 189.000 toneladas de trigo.

No mercado americano o relatório da USDA não mostrou grandes novidades, mas veio confirmar as boas condições para a produção de cereais e sobretudo elevados stocks de soja. Assim, os fundos estiveram vendedores de 9.000 lotes de soja e 4.000 lotes de trigo. A pressão destes dados levou à descida do preço do milho e sobretudo da soja.

A soja teve uma forte queda, devido a um conjunto de factores negativos. Em primeiro lugar os stocks mundiais foram revistos em alta pelo relatório da USDA, depois foi anunciado um cancelamento de encomenda com a troca de origem da soja por parte de comprador (washout) e as vendas semanais foram bastante inferiores ao que era esperado.

Os valores em dólares desceram a valores, que caso o euro não se tivesse desvalorizado e estivesse na ordem dos 1,35 dólares a farinha de soja, estaria na Europa na ordem dos 300 euros por tonelada.

No mercado do Mar Negro nada de relevante a assinalar.


Fonte: Agroinfo

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