publicado a: 2014-10-13

Estudo indica que crescimento económico do país passa pela reestruturação do setor florestal

Qual será o cenário de desenvolvimento florestal em 2071? E que política de desenvolvimento florestal é necessária para a economia Portuguesa de futuro? Estas duas questões são respondidas no “Estudo Prospetivo para o Sector Florestal”, da Associação Para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal (AIFF).

Neste estudo, a associação simula a evolução da produção nacional das três espécies mais relevantes no país, em termos de área e de abastecimento industrial: eucalipto, pinheiro bravo e sobreiro, que representam, no seu conjunto, 72% da área florestal nacional. Os resultados mostram que existe uma grande diferença entre a oferta e a procura para cada uma das espécies analisadas (eucalipto, pinheiro bravo e sobreiro), uma vez que a procura é sempre superior à oferta.

O dados agora divulgados mostram que a floresta portuguesa beneficiaria de uma estratégia de desenvolvimento, tanto para as indústrias de base florestal, como para a sociedade em geral. “O cenário de desenvolvimento florestal mostra ser possível reduzir significativamente os valores de importação, contribuindo para a sustentabilidade das empresas do setor e, consequentemente, para o país”, refere a investigação.

“O desenvolvimento dos sectores da fileira florestal e a sua atual posição nos mercados mundiais estão seriamente ameaçados pelo facto da floresta portuguesa não estar a corresponder satisfatoriamente enquanto fornecedora de matéria-prima”, defende João Ferreira do Amaral, Presidente da AIFF.

Por outro lado, o estudo demonstra a necessidade de se inverterem as atuais tendências, criando condições que atraiam capital para o setor, promovam o aumento da produtividade dos povoamentos já instalados, contribuam para a existência de novas áreas plantadas e reduzam o risco de incêndio e de ataques de pragas e/ou doenças dos espaços florestais, através do aumento da sua resiliência.

No que diz respeito ao impacto da floresta na economia nacional, o documento indica que “o setor florestal representa um forte contributo, uma vez que é fortemente exportador de bens transacionáveis e que as indústrias florestais são líderes de mercado em alguns segmentos. O Valor Acrescentado Bruto do setor florestal representa 1,2% do Produto Interno Nacional.”

Leia o estudo aqui.

Fonte: Vida Rural

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