publicado a: 2014-10-07

Descoberto método para aumentar a produção de flores e frutos

Investigadores da Universidade Politécnica de Madrid desenvolveram um método que consegue melhorar o rendimento dos cultivos pondo em contacto as raízes, as partes aéreas e o substrato da planta com um fungo do género Colletotrichum. A técnica foi patenteada licenciada a uma empresa spin-off daquela universidade.

Um novo método, desenvolvido no Centro de Biotecnologia e Genómica de Plantas (CGBP UPM-INIA), demonstrou que pôr em contacto uma planta com uma estirpe do microrganismo Colletotrichum tofieldiae previamente isolada, pode aumentar o número, tamanho e peso das sementes, frutos e flores da planta, em relação com uma que não tenha sido tratada.

Esta descoberta já foi protegida sob patente e a sua aplicação suporá uma importante poupança económica e um menor impacto ambiental, já que representa um sistema de fertilização alternativo aos adubos minerais atuais.

No setor agrário, os fungos do género Colletotrichum são bem conhecidos já que a ele pertencem uma grande quantidade de patógenos dos cultivos. Contudo, dentro deste género, existem espécies que não causam dano à planta hospedeira mas que podem resultar como benéficas.

Assim, descobriram que aplicando uma composição que contém Colletottrichum tofieldiae – um fungo não patogénico para a planta modelo Arabidopsis thaliana – a planta produz sementes de maior peso sem que o seu crescimento vegetativo seja afetado substancialmente. A aplicação do microrganismo gera uma utilização mais eficiente dos recursos por parte da planta.

Visto tratar-se de um método que serve para aumentar a produtividade dos cultivos, o seu uso será equivalente ao de um fertilizante mas com efeitos mais significativos e sem os problemas de contaminação que podem produzir os adubos minerais. Assim, a sua utilização em agricultura, horticultura, plantas florestais, ornamentais ou de qualquer outro tipo de planta com interesse comercial, representará uma importante poupança tanto ambiental como económica.

A novidade do método permitiu que fosse patenteado, e licenciou-se de forma exclusiva à Plant Response Biotech S.L.. Trata-se de uma empresa spin-off da Universidade Politécnica de Madrid, criada em 2008, cujo trabalho se foca no desenvolvimento de novos produtos agrobiológicos.

Fonte: Agrotec

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