publicado a: 2021-03-19

Escorrência - que fatores tornam uma parcela mais vulnerável?

Grande parte da superfície do solo está exposta às condições climáticas e, portanto, ao risco de degradação, sobretudo provocado pela escorrência e pela erosão. Esta degradação pode afetar diretamente a rentabilidade das explorações agrícolas e o meio ambiente.

A perda de solo por erosão é provocada pela escorrência. Quando as gotas da chuva ou da água de rega por aspersão caem sobre o solo nú (ou mobilizado), este desintegra-se em pequenas partículas que são arrastradas pela lâmina de água da escorrência, acabando por se depositar nas zonas baixas dos terrenos declivosos ou terminando como material em suspensão nos rios e ribeiros.

A escorrência pode ter um enorme impacto na rentabilidade das explorações agrícolas: perde-se a camada mais fértil do solo, perde-se parte dos herbicidas e dos fertilizantes aplicados, gerando um impacto direto no controlo das infestantes e na nutrição das plantas.

Quando se acumulam pequenos fluxos de água da escorrência no solo, sobretudo nas partes baixas dos terrenos agrícolas, ocorre o que se denomina de concentração da escorrência. Este fluxo concentrado é facilmente identificável pelos fossos que forma e está associado a um elevado grau de erosão do solo.

A perda de solo por escorrência tem, portanto, consequências económicas com perdas que podem chegar a 5-10 % do rendimento nas culturas extensivas e tem também consequências ambientais resultantes da contaminação dos cursos de água.

Por isso, perceber como se gera a escorrência na nossa parcela vai ajudar-nos a controlar este fenómeno.

Há 3 aspetos essenciais que fazem com que uma parcela seja mais ou menos sensível à escorrência:

  1. O tipo de solo da parcela. Solos mais arenosos têm maior capacidade de infiltração, portanto, não apresentam tanto risco de escorrência. Já os solos argilosos, mais pesados, têm baixa capacidade de infiltração da água, atingindo rapidamente o ponto de saturação, o que aumenta o risco de escorrência.
  2. A inclinação da parcela. Isto é pura lógica, quanto maior a inclinação da parcela, maior a escorrência.
  3. O estado da camada superficial do solo. Uma camada de solo compactada pode impedir a infiltração da água, provocando a saturação e facilitando a escorrência.

Os dois primeiros fatores são próprios de cada parcela, conhecê-los vai ajudar-nos a estabelecer certas práticas que podem ajudar a reduzir a escorrência e a erosão até 75%. Desta forma estaremos a contribuir para conservar a parte mais fértil do solo, mantendo os fertilizantes disponíveis para as plantas e preservando a eficácia dos herbicidas no controlo das infestantes que competem com a cultura por água e nutrientes.

A Syngenta desenvolveu uma aplicação (APP)que ajuda os agricultores a identificar o potencial de escorrência das suas parcelas, de forma muito fácil e intuitiva. Esta ferramenta inovadora também permite obter conselhos de boas práticas para reduzir a escorrência nas parcelas e com isso melhorar a rentabilidade das mesmas. A APP “Runoff Toll” já está traduzida em cinco idiomas e muito em breve estará também disponível em Português. Por enquanto, pode consultar a versão em Espanhol aqui: https://ui.apps.deaw-1.syngentadigitalapps.com/

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