Sabe como o míldio se desenvolve na cultura da vinha?
O que é o míldio da videira?
O míldio da videira é uma doença provocada por um micro-organismo parasita muito próximo dos fungos, mas que poderemos considerar como tal para efeitos práticos. À semelhança da cultura da vinha, com grande importância histórica, esta doença foi das primeiras a ser combatida com fungicidas inorgânicos, neste caso produtos à base de cobre.
Como se desenvolve?
O ciclo de vida do parasita está, como seria de esperar, sincronizado com o do hospedeiro. Quando a videira está em repouso, e à semelhança de muitos microorganismos que infetam plantas de folha caduca, o fungo sobrevive num estado adormecido. É com a Primavera, o abrolhamento da videira e a subida das temperaturas que o fungo se torna capaz de infetar os novos tecidos verdes, primeiro sob forma de infeções primárias, a partir das quais ocorrem as infeções secundárias.
Quais os prejuízos que pode provocar?
É fundamental saber identificar os sintomas de infeção primária nas folhas, conhecidas como "manchas de óleo". Estas funcionam como indicadores de que podem ocorrer mais infeções, sendo que os prejuízos mais significativos acontecem ao nível do cacho, podendo comprometer a produção de uvas.
Como prevenir e combater?
O míldio, tal como outras doenças da vinha, exige uma atenção permanente do viticultor. Medidas culturais como o controlo da nutrição e do vigor e um arejamento adequado através da condução e poda são fundamentais para prevenir a ocorrência da doença.
No entanto, é fundamental estar atento às condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da doença. A utilização destas variáveis em modelos possibilita a emissão de avisos disponibilizados por diversas entidades, indicando quando é o melhor momento de efetuar o tratamento fitossanitário.
É importante não esquecer que, graças à sua importância, os fungicidas contra o míldio são dos produtos fitofarmacêuticos mais vendidos em Portugal, encontrando-se disponíveis várias soluções no mercado.