CAP manifesta solidariedade para com as vítimas dos incêndios
De acordo com informação pública, só nos incêndios ativos na manhã desta terça-feira, já ardeu mais área do que em todo o ano de 2023, em Portugal continental. A situação já provocou vítimas mortais e feridos e danos materiais de valor ainda por apurar.
A todas as vítimas, e suas famílias, a todos aqueles afetados por estes acontecimentos, a CAP manifesta a sua plena e profunda solidariedade.
A todos os que ajudam no combate aos incêndios – Proteção Civil, forças de segurança, bombeiros e sociedade civil – a CAP manifesta também o seu agradecimento e apoio.
O movimento associativo que compõe a CAP vive com muita apreensão o momento por que estamos a passar. Os agricultores, os produtores florestais, a pecuária – todos as fileiras que integram o nosso setor – saberão seguramente unir-se e mobilizar-se em torno das suas organizações para, juntos, fazerem chegar o seu apoio a quem dele necessitar. O nosso setor é forte, é solidário, e nesta ocasião difícil e exigente saberá responder e ajudar, como sempre fez.
Estes trágicos incêndios, que motivaram que o Primeiro-Ministro convocasse um Conselho de Ministros para hoje, com caráter de urgência, para o qual convidou o Presidente da República, evidencia de forma cristalina a importância que este assunto merece.
Com efeito, a situação que se vive mostra bem que os incêndios não são apenas um problema que afeta exclusivamente o mundo rural e o interior. Sim, o mundo rural e o interior sofrem, e muito, com os incêndios, destruindo-se recursos naturais, explorações agrícolas e animais, e perdendo-se muita biodiversidade.
Mas o que estes incêndios também mostram é que este é um problema nacional, que também afeta áreas urbanas e industriais. Não arde apenas o que está abandonado. Arde também o que tem gente.
O Governo, por isso, além de endereçar respostas concretas a esta situação em particular, tem também, forçosamente, que priorizar a prevenção. Para que situações como a que o país vive atualmente não se repita no futuro.
Este não é um problema apenas do Governo, ou de uma ou outra autarquia, este é um problema do país, que deve envolver todos para ter respostas e soluções adequadas.
Todos, todos, todos.
Apostar estrategicamente na prevenção salva vidas. A prevenção, levada de forma séria, não é um custo, é um investimento. Rejeitam-se soluções simplistas, ou meramente proibicionistas seja de que tipo for. Este é o tempo de procurar soluções estáveis e duradouras, que evitem tragédias futuras.
De uma vez por todas, isto tem que ser percebido por quem tem responsabilidades políticas.
Que esta tragédia que o país vive leve os responsáveis políticos, no Governo e na oposição, a darem as mãos e a tomarem as medidas que são necessárias.
O tempo atual exige estadistas, capazes de verem e de decidirem para além da espuma política dos dias.
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