FENAREG apresenta prioridades do regadio à Ministra da Agricultura
A FENAREG entregou ontem, 6 de janeiro, à Ministra da Agricultura um memorando com as prioridades de atuação e investimento para mais e melhor regadio em Portugal.
Numa audiência com Maria do Céu Albuquerque, a FENAREG apresentou um conjunto de medidas que considera prioritárias para a sustentabilidade do regadio, setor de importância crescente para as explorações agrícolas e para a agricultura nacional.
1. Investimento
Continuar a modernização do regadio para melhorar o funcionamento e maximizar a eficiência no uso dos recursos.
2. Água
Aumentar a capacidade de armazenamento de água/regularização das bacias hidrográficas e ligação em rede das diversas infraestruturas/reservatórios.
Adotar práticas de agricultura de precisão ao nível das tecnologias de rega.
3. Energia
Aumentar a eficiência energética e substituir fontes de energia convencionais por renováveis nas infraestruturas de regadio.
Adequar os contratos à atividade sazonal da rega: possibilidade de contratar 2 potências elétricas diferentes ao longo de 12 meses.
Estas medidas constam de um estudo alargado que a FENAREG promoveu, dando o seu contributo para a definição de uma Estratégia Nacional para o Regadio em Portugal até 2050, com um plano de ação a executar durante o próximo Quadro Comunitário de Apoio até 2030. O documento detalhado foi hoje entregue à Ministra da Agricultura.
No âmbito das negociações sobre a reforma da PAC e dos restantes instrumentos financeiros da União Europeia, Portugal deverá submeter à Comissão Europeia um documento de “Estratégia Nacional”. Sendo o regadio um fator determinante para o sucesso da agricultura no nosso país e para o aumento da coesão do nosso território, não é possível estabelecer uma estratégia para a agricultura portuguesa que não incorpore, à partida, o desenvolvimento futuro das infraestruturas de rega e de todas as matérias que são relevantes para mais e melhor regadio no nosso país.
«É essencial uma política agrícola orientada para o regadio, geradora de condições de fundo para um desenvolvimento do território rural e crucial à sustentabilidade da produção nacional de alimentos», defendeu José Núncio, presidente da FENAREG, na audiência com Maria do Céu Albuquerque.