INE - Síntese das Previsões Agrícolas - Novembro 2018
As previsões agrícolas, em 31 de outubro, apontam para reduções generalizadas de produção nas fruteiras, vinha e olival.
Na maçã e na pera, as diminuições, face à campanha anterior, são de 15% e 20%, resultantes da conjugação de fracas polinizações, problemas fitossanitários e da onda de calor de agosto.
No kiwi, a carga de frutos é heterogénea registandose danos em alguns pomares devido à passagem da tempestade Leslie, estimando-se uma produção inferior à de 2017 (-5%).
Na vinha, a extensão dos prejuízos causados pelas elevadas temperaturas foi variável, mas estendeu-se por quase todas as regiões vitivinícolas, prevendo-se uma das menores produções de vinho das últimas duas décadas (5,2 milhões de hectolitros).
A produtividade da azeitona para azeite deverá reduzir-se em 15%, resultado de uma grande variabilidade de produção nos olivais tradicionais de sequeiro.
Em sentido contrário, os soutos apresentam uma produção de castanha que se prevê 5% superior à da campanha anterior.
Quanto às culturas anuais, preveem-se diminuições na produção de tomate para a indústria (-26%, devido exclusivamente à diminuição da área instalada) e de girassol (-10%).
Nos cereais de primavera/verão, os efeitos dos ventos fortes associados à tempestade Leslie foram bem visíveis, com consequências na produção global estimada: para o milho, e apesar do aumento da área semeada, os estragos nas searas do Baixo Mondego e Pinhal Litoral diminuíram o rendimento unitário, resultando na manutenção da produção da campanha anterior; no arroz, os campos do Baixo Mondego sofreram danos que conduziram a uma diminuição de 5% na produção.