Nova pesquisa sobre o melhoramento genético de agentes de luta biológica
No passado dia 22 de janeiro foi dada luz verde a rede de pesquisa internacional que visa o melhoramento, através da seleção natural de inimigos naturais. Para isso, procuram, através da variação genética natural, inimigos naturais nativos que podem controlar melhor várias pragas agrícolas.
Financiada com 3.300.000€ pelo Horizonte 2020 da UE, a rede de formação BINGO (Breeding Invertebrates for Next Generation biocontrol) reúne investigadores de nove países europeus, liderados pela Universidade de Wageningen (em Holanda). O objetivo é melhorar a produção e desempenho dos inimigos naturais nativos na luta biológica, por meio de melhoramento genético. Pretende-se reduzir a dependência mundial dos pesticidas, o que deve resultar numa agricultura mais segura e saudável.
A segurança alimentar é continuamente ameaçada por espécies de pragas, tanto locais como invasoras. Além disso, o regulamento a nível europeu para o uso de pesticidas é cada vez mais rigoroso. A luta biológica conta pragas agrícolas, utilizando inimigos naturais tem um grande potencial para responder a estas duas questões. Controlar novas pragas exóticas, muitas vezes envolve a importação de espécies de inimigos naturais não-nativos (luta biológica clássica), o que pode representar um risco para a biodiversidade local. A otimização e melhoria dos agentes de luta biológica nativos através melhoria genética, que permite a adaptação a um determinado sistema de cultura, pode reduzir a dependência de inimigos naturais exóticos.
O programa de pesquisa BINGO implementará a melhoria genética e o uso de informação genética na produção de inimigos naturais, e para isso serão aplicadas as mais recentes técnicas genómicas no campo da luta biológica. BINGO é financiado pela rede de excelência cientifica Marie Sklodowska-Curie (ITN) da Comissão Europeia. Neste programa 13 jovens pesquisadores realizam a sua tese de doutorado em 12 instituições pertencentes a universidades, organizações sem fins lucrativos e empresas localizadas na Holanda, Alemanha, França, Espanha, República Checa, Áustria, Suíça, Grécia e Portugal.
Fonte: Phytoma