publicado a: 2015-01-16

A bactéria Xylella fastidiosa ameaça os olivais da bacia do Mediterrâneo

No sul da Itália, na zona de Saluto, é triste ver a agonia de mais de 60.000 hectares de olival, devida ao ataque da bactéria Xylella fastidiosa, que foi encontrada inicialmente na província de Lecce.

Esta bactéria devastadora ataca várias espécies vegetais, tais como as oliveiras, a amendoeira, a vinha e o carvalho.

A sua propagação é feita, sobretudo, através do comércio de material vegetativo, mas também através de um insecto, a cicadela e, uma vez instalada na planta, leva-a a produzir frutos cada vez mais pequenos, até acabar por matá-la.

Esta bactéria foi detectada pela primeira vez na Califórnia, em 1880, sendo que actualmente 29 estados americanos estão contaminados.

Detectada em 2013, em Itália, já provocou prejuízos de 53 milhões de euros na agricultura local.

A Comissão Europeia já tomou medidas de controlo, que passam pela restrição do comércio de material vegetativo das zonas afectadas. Existem, no entanto, queixas de que as autoridades italianas não tenham isolado correctamente a região, o que pode levar à propagação da doença.

A principal preocupação existe, neste momento, na Córsega, pois todo o material vegetativo vem de Itália e a economia agrícola local baseia-se no azeite.

Várias universidades italianas e americanas tentam encontrar uma cura para a doença, mas até hoje todos os esforços foram em vão. A única possibilidade é a utilização maciça de antibióticos, o que é totalmente contra todas as normas de saúde pública.

Fonte: Agroinfo

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