A «novela» do glifosato
No seguimento de mais uma notícia sobre o glifosato, queremos deixar aqui o registo das voltas (e reviravoltas) que este produto tem passado no ultimo ano. Deixamos por isso um excerto de algumas das notícias publicadas sobre este assunto.
Março 2015
A Agência Internacional do Cancro (IARC) que aponta para a possibilidade de o herbicida "mais vendido em Portugal", o glifosato, como "carcinogénio provável para o ser humano"
ANIPLA reage às recentes notícias sobre o glifosato
A Anipla comunicou que as declarações da IARC "contradizem os mais credíveis e rigorosos sistemas de regulamentação do mundo – nomeadamente a União Europeia e os Estados Unidos, nos quais se identificam substâncias ativas como o glifosato, como não apresentando risco cancerígeno para os humanos".
Julho 2015
Novo estudo diz que glifosato não é uma ameaça para as hormonas humanas
Depois da forte polémica levantada por um parecer da Organização Mundial de Saúde sobre a possível toxicidade do glifosato para os humanos, com a possibilidade de ser cancerígeno, eis que surge agora um trabalho publicado pela Environmental Protection Agency (EPA) dos EUA, que vem categoricamente afirmar que o glifosato não é uma ameaça para as hormonas humanas.
Setembro 2015
Eurodeputados rejeitam proposta para proibição dos glifosatos
A autorização da utilização dos herbicidas à base do glifosato na União Europeia acaba no final do ano, necessitando de ser renovada, para que em 2016 se possa continuar a utilizar.
Vários deputados da ala esquerda do Parlamento Europeu (PE), grupo GUE/NEL, apresentaram uma proposta, no sentido de recusar a prorrogação da autorização.
Outubro 2015
Futuro do glifosato está inseguro
A autorização para a utilização do herbicida mais usado no mundo, o glifosato, na União Europeia, termina em 31 de Dezembro deste ano, tendo já a Comissão Europeia tornado pública a sua intenção em prorrogar por mais seis meses esta autorização.
Novembro 2015
Glifosato não é cancerígeno, conclui agência europeia
Após “avaliação exaustiva e completa”, a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) concluiu que o glifosato não provoca cancro quando utilizado dentro dos limites prescritos na bula. O resultado dos estudos foi divulgado na passada quinta-feira (12/11), juntamente à recomendação do órgão para que a União Europeia (UE) aprove a renovação da licença por mais dez anos.
Março 2016
Afinal pode estar em causa a renovação da autorização do uso de glifosato
Depois do parecer da EFSA (European Food Safety Authority), a Comissão veio propor a renovação da autorização para o período normal para aqueles produtos, ou seja, quinze anos.
Tudo parecia indicar que esta autorização iria para a frente, só faltava ser formalizada com a aprovação no standard Comité, que se realiza hoje.
…países como a Holanda e a Suécia, juntaram-se à França para se oporem a esta autorização, o que vai seguramente fazer com que o ponto não seja discutido.
Abril 2016
Parlamento Europeu aprova utilização do glifosato por mais sete anos
A decisão do Parlamento Europeu, para autorizar a utilização, por mais sete anos, do pesticida glifosato, é considerada pelos ambientalistas uma profunda cedência à indústria dos agroquímicos, contra a saúde e o ambiente e sem respeito pela ciência.
Já a Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas (ANIPLA), que representa os comercializadores de fitofarmacêuticos, congratula-se com o resultado da votação, que decorreu na quarta-feira, em Estrasburgo, e recorda que o glifosato representa uma ferramenta fulcral para a produtividade e competitividade da agricultura portuguesa.
Maio 2016
Ministério da Agricultura fez esclarecimento sobre o glifosato
O Ministério da Agricultura esclareceu este sábado, 30 de Abril, que o potencial carcinogénico do herbicida glifosato está associado a um co-formulante (taloamina) e não ao produto, cuja utilização futura será decidida em maio.
EPA diz que glifosato «não tem potencial cancerígeno»
A EPA (United States Environmental Protection Agency) publicou recentemente os resultados da sua avaliação oficial ao glifosato. De acordo com a Anipla, o relatório inclui a classificação do glifosato como “não tendo potencial cancerígeno para os seres humanos”.