Agricultura portuguesa atrai trabalhadores estrangeiros

Num artigo escrito por Pramod Rag Soudain, para a Peoples Review, pode ler-se que a agricultura europeia está a atrair cada vez mais mão-de-obra estrangeira, sobretudo asiática.

Este jornalista, que já tinha feito uma análise da agricultura portuguesa em 2012, voltou a fazê-la em 2014, considerando o sector com um grande dinamismo e crescimento nestes últimos anos.

Apesar da taxa de desemprego ser muito elevada no nosso país, constituindo o maior flagelo social, há cada vez mais asiáticos que vêm para Portugal trabalhar.

O sector que absorve esta massa salarial é o dos frutos vermelhos, que, na região de Odemira e Zambujeira do Mar, tem ultimamente registado um crescimento exponencial, absorvendo muita mão-de-obra.

Contactados por este jornalista, os responsáveis por estas explorações foram unânimes em afirmar que têm muita dificuldade em recrutar trabalhadores portugueses, uma vez que estes não querem trabalhar na agricultura, preferindo ficar no desemprego, aguardando outras propostas de trabalho.

Existe uma grande satisfação pelo desempenho dos asiáticos, que são considerados trabalhadores calmos e eficientes. Por seu lado, os asiáticos mostram-se muito contentes em trabalhar em Portugal, que consideram ter uma população muito amável e aproveitam a situação de Portugal ser um país de espaço de Schengen, onde, se pagarem as suas taxas sociais durante seis meses, podem pedir um cartão de residência.

Actualmente, existem várias empresas especializadas em contratação destes trabalhadores, que vêm de quase todos os países asiáticos.

Escolhemos este artigo, pois este assunto deve merecer reflexão, num momento em que uma das prioridades nacionais é a luta contra o desemprego, estão a entrar cada vez mais trabalhadores estrangeiros no nosso país.