publicado a: 2024-11-26

Campanha de Cortiça 2024

A FILCORK - Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça, divulgou um documento informativo com os resultados obtidos e principais conclusões relativamente à campanha de extração da cortiça em 2024:

  • A campanha de extração 2024 decorreu de uma forma positiva, numa janela temporal alargada e sem fenómenos que impactassem o decurso normal da mesma;
  • Estima-se uma produção na ordem de 4,5 milhões de arrobas em Portugal e 3,0 milhões de arrobas em Espanha, totalizando 7,5 milhões de arrobas (112.500 toneladas), muito próximo da quantidade da campanha de 2023. Por motivos de conjuntura de mercado, algumas cortiças tiveram a extração adiada para 2025;
  • A quantidade de cortiça disponível na campanha de 2024 permitiu assegurar os níveis de stocks na indústria para uma normal atividade no próximo ano industrial;
  • A campanha de 2024 registou uma redução do preço médio em redor de 15%, com uma redução da amplitude de preços entre as cortiças suportada na valorização das cortiças destinadas à trituração, devido à tendência de alteração de mix de consumo de rolhas nos mercados internacionais. Esta redução de preço segue-se ao aumento registado em 2023, voltando o preço médio a valores em linha com a curva de evolução do novénio, que apresenta um crescimento positivo;
  • O custo de extração em 2024 manteve a tendência das últimas campanhas, impactado pela inflação e pelo aumento dos salários médios;
  • Nesta campanha, a utilização da máquina de extração foi consolidada como uma tecnologia que, apesar da permanente necessidade de evolução, será cada vez mais crucial no futuro;
  • A campanha decorre e termina num contexto de negócio pautado por uma contração no consumo mundial de vinho e consequente retração em quantidade e valor das exportações portuguesas em 2023 e no 1º semestre de 2024, derivado fundamentalmente da atual conjuntura internacional;
  • É necessário um maior reconhecimento económico e social das funções ambientais do Montado, e do papel relevante no combate à desertificação e na provisão de serviços de ecossistema, e do impacto positivo na adaptação às alterações climáticas. Nesse sentido, deve ser promovida a remuneração efetiva da produção florestal por todos os serviços prestados à sociedade;
  • Mais do que nunca é evidente o dever de reforçar o papel da fileira da cortiça pelas suas características de sustentabilidade em todas as dimensões, bem como um exemplo de modelo económico circular, sendo um setor importante para o posicionamento de Portugal no mundo e de valor acrescentado e diferenciador para o nosso país.

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