publicado a: 2020-06-01

Colheitas destruídas devido ao mau tempo

Uma queda forte de granizo destruiu terrenos de pomares e vinha no concelho de Tarouca. A colheita deste ano está completamente destruída. "Cem por cento da agricultura no concelho de Tarouca está destruída", diz José Damião, vice-presidente da Câmara Municipal.

"Infelizmente isto foi um evento meteorológico que não conseguimos sequer recordar. Durante uma hora caiu granizo com cerca de três a quatro centímetros. Tudo o que é terreno e campo acabou por ficar coberto de granizo", conta o também responsável pela proteção civil.

A parte pior, segundo José Damião, foi as culturas acabarem por não resistir. "Não só o agricultura de subsistência ficou com todas as suas hortícolas destruídas, mas também o agricultor que tem rendimento através da sua produção agrícola ficou sem nada", esclarece.

A colheita deste ano, como diz o vice-presidente "está feita". Produtos como maçã, baga do sabugueiro, vinha ou hortícolas só no próximo ano é que voltarão.

"Tenho recebido chamadas de alguns agricultores a pedirem ajuda ao município para que o concelho tenha um olhar mais atento", revela. "Estas pessoas ficarem sem rendimento e não sabem como vão viver", acrescenta.

Amanhã, segunda-feira, o executivo municipal vai "tentar falar com o maior número de agricultores possível e com o Ministério da Agricultura" para que possam arranjar uma maneira de prestar apoio a quem necessita.

Também em Armamar os pomares de maçã estão destruídos. Segundo João Paulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal, a meio da tarde houve chuvas de granizo e ventos fortes que, consoante uma estimativa, arrasaram com "80 por cento da produção da maçã".

O trabalho que será feito amanhã, em conjunto com técnicos da Associação de Frutícultores, é para perceber quais são os prejuízos reais no concelho. Depois, o objetivo é falar com o "Ministério da Agricultura e a Direção Regional de Agricultura do Norte para podermos perceber que tipo de ajuda o Governo pode conceder a estes agricultores", explica João Paulo Fonseca.

"Infelizmente em quatro anos é a terceira vez que uma situação destas se repete. Se já estava difícil, para os frutícultores, tendo em conta o momento que atravessamos por causa da pandemia (Covid-19), com esta situação de verem perdidas as suas colheitas fica bastante complicado para quem vive exclusivamente da agricultura", conclui o autarca.

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