Europa espera um aumento no cultivo ecológico de frutas
A maçã, o pêssego e nectarina e o tomate registaram ligeiras reduções na produção, assim como um declínio no consumo no caso dos três últimos e uma estabilização na maçã, de acordo com um relatório da Comissão Europeia, que também enfatiza que haverá um crescimento do cultivo ecológico de frutas.Especificamente, no caso da maçã, a produção na União Europeia irá crescer de 12,7 milhões de toneladas na temporada de 2018/2019, para 12,4 milhões de toneladas em 2030.
Embora a produtividade deva crescer 9% em relação à média dos últimos cinco anos, o impacto na produção não será percetível, porque se prevê uma descida de cerca de 10% em relação a 2018, especialmente na Polónia, onde o sector está em fase de reestruturação.
O relatório explica que se prevê que o consumo de frutas e hortaliças aumente ligeiramente pelas motivações relacionadas com a saúde e a crescente disponibilidade destes produtos nos "novos" mercados (por exemplo, postos de gasolina, bares, etc.).
No entanto, não se espera que o consumo de maçãs frescas siga esta tendência, já que os consumidores parecem preferir novos sabores e produtos fáceis de comer, como frutos tropicais pré-cortados, oferecidos regularmente nas prateleiras dos supermercados.
No caso do pêssego e nectarina, a produção aumentará de 4,1 milhões de toneladas na União Europeia, em 2018, para quatro milhões em 2030.
A produtividade média deverá crescer 8% em relação à média 2012-2017, mas o crescimento será compensado por uma diminuição na área cultivada (0,7% menor).
Espera-se a reestruturação do sector em Espanha, onde a produção, segundo a Comissão, Europeia cresceu 54%, entre 2012 e 2017.
O consumo no pêssego e nectarina descerá 0,4%, em média, a cada ano, por causa da concorrência de outras frutas de verão, como melão, frutas tropicais e morangos.
Quanto ao tomate para consumo natural, as previsões da Comissão Europeia apontam para um declínio na produção dos atuais sete milhões de toneladas para 6,8 milhões de toneladas em 2030.
Os rendimentos vão crescer pelo alongamento das campanhas nos principais países produtores.
O consumo será reduzido ligeiramente, dos atuais 14 quilogramas per capita para 13,7 quilogramas per capita.
No que diz respeito à agricultura biológica, Bruxelas explica que a fruta é o segmento mais importante na União Europeia.
Em 2016, cerca de 6% da superfície da maçã (30 mil hectares) foi de maçã orgânica e outros 3%, (15 mil toneladas) estavam em fase de conversão.
A Itália é o principal produtor de maçã biológica na União Europeia, com 100mil toneladas.
Os rendimentos são de 31 toneladas por hectare, o que corresponde a 70% da produtividade alcançada pela agricultura tradicional.
A superfície de produção ecológica do pêssego e nectarina na União Europeia, em 2016, totalizou três mil hectares, 0,6% do total, estando em período de conversão 1.800 hectares.
Também aqui, a Itália é o país com a maior produção biológica, com 1.500 hectares, seguida pela Espanha, com 550 hectares, e a França, com 500 hectares.