FAO em Moçambique distribui 180 toneladas de sementes em Manica e Sofala
«Neste momento que as águas já baixaram, é crucial que o Governo, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e seus parceiros entrem em ação rapidamente», disse Olman Serrano, representante da FAO em Moçambique.
O ciclone Idai causou a destruição de cerca de 500 mil hectares de culturas diversas nas províncias afetadas no centro de Moçambique, segundo dados da organização, enquanto o Governo moçambicano estima em 669 mil os hectares afetados.
De acordo com a FAO, parte significativa da área de cultivo ficou inundada em vésperas da colheita de milho e soja, tendo sido as províncias de Sofala e Manica, que contribuem com 25 por cento da produção nacional, as mais afetadas.
«Uma vez que tenhamos estabelecido como e quanta terra pode ser recuperada, vamos distribuir as sementes com urgência para que os agricultores possam plantar para a segunda campanha agrícola, que se inicia agora, em abril», declarou Olman Serreno.
O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março. As autoridades moçambicanas atualizaram hoje para 518 o número de mortos provocados pelo ciclone Idai e pelas cheias que se lhe seguiram, mais 17 vítimas mortais relativamente aos últimos dados.
De acordo com o ponto de situação divulgado pelo Instituto Nacional de Gestão de Catástrofes (INGC) de Moçambique, registaram-se ainda 1.641 feridos e mais de 146 mil pessoas estão agora instaladas em centros de acolhimento.