Fileira do pinho exportou 1,7 mil milhões, uma subida de 2%
As exportações da fileira do pinho em Portugal ascenderam a 1.709 milhões de euros na campanha de 2016/2017, mais 2% que na campanha precedente, divulgou o Centro Pinus, organização que defende os interesses deste setor.
Este montante, em valor, representou 35% das exportações de bens das indústrias florestais na última campanha, 3,1% das exportações de bens do país.
Na fileira do pinho, as principais exportações foram conseguidas pelos subsetores do mobiliário (644 milhões de euros, mais 2%), madeira (362 milhões de euros, mais 2%), pasta e papel (313 milhões de euros, mais 6%), resinosos (138 milhões de euros, menos 15%), e ‘pellets’ (60 milhões de euros, menos 35%).
O Centro Pinus adianta ainda no seu último estudo que a fileira do pinho representou na campanha 2016/2017 80% dos postos de trabalho – 54.181, mais 3% – das empresas industriais florestais de Portugal – e 88% das empresas desse mesmo setor – 8.458, menos 2%.
O mesmo estudo acrescenta que a fileira do pinho representou nesta última campanha 52% do VAB – Valor Acrescentado Bruto e 46% do volume de negócios das indústrias florestais nacionais.
Desta forma, o VAB da fileira do pinho foi de 1.058 milhões de euros (mais 7%), enquanto o respetivo volume de negócios se fixou em 3.886 milhões de euros (mais 2%).
Apesar deste crescimento do setor, a fileira do pinho enfrenta vários problemas, além dos fogos florestais.
Na campanha 2016/2017, foram certificadas 1,2 milhões de novas plantas de pinheiro bravo, o que traduziu uma redução de 25% no número de plantas certificadas pelo ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas face à campanha anterior.
De acordo com o Centro Pinus, este valor é indicativo de uma plantação potencial de 925 hectares de pinheiro bravo em Portugal na campanha 2017/2018.
Isto num momento em que o Centro Pinus alerta para um défice de madeira de pinho na ordem dos 41,3% face ao consumo industrial em Portugal, onde estão elencados mais de 300 consumidores.
De acordo com as estimativas do Centro Pinus, perante uma procura de 3,83 milhões de metros cúbicos de madeira existe apenas uma disponibilidade de apenas 2,25 milhões de metros públicos.
O resultado é um défice de 1,58 milhões de metros cúbicos de madeira de pinho em Portugal.
Quanto aos incêndios, o Centro Pinus conclui que na campanha de 2016/2017 arderam 540 mil hectares de floresta em Portugal, dos quais 125 mil hectares de pinheiro bravo.
Neste último domínio, o Centro Pinus tem uma estimativa de que 75 mil hectares sejam aérea perdida, sem regeneração; mais 50 mil hectares de área com possibilidade de regeneração.
Por isso, o Centro Pinus que a necessidade de intervenção a cinco anos passe por uma arborização de 15 mil hectares/ano e pelo aproveitamento de regeneração em 10 mil hectares/ano.
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