publicado a: 2015-01-05

Investimento na agricultura

Se quisermos alimentar toda a população mundial, teremos de produzir, nos próximos 40 anos, mais alimentos do que nos últimos 1000 anos juntos.

Esta situação, aliada a um crescimento do abandono da actividade, devido a não haver sucessão em muitos casos e à procura crescente de biocombustíveis, leva a que seja urgente um forte investimento no sector.

As explorações agrícolas estão normalmente fechadas ao mercado de capitais, uma vez que nove em cada dez, em todo o mundo, são propriedade de famílias. No entanto, com a falta de sucessão, os fundos de investimento começam cada vez mais apropriarem-se do mercado do terrenos rústicos, com experiências muito positivas na América do Sul, onde nos últimos vinte anos a rentabilidade no investimento em terrenos é de 12%, estando agora virados para investimentos em zonas consideradas de maior risco, como a Ucrânia e a Zâmbia.

Os terrenos agrícolas começam, assim, a fazer parte dos activos de fundos de investimento, servindo, não só para diversificar os investimentos, como também dando segurança.

Os fundos que investirem na agricultura ainda têm pouca representatividade no mundo do mercado financeiro, pois são em número 36 com uma carteira de 15 mil milhões de dólares, enquanto que os especializados em infraestruturas são 144 com uma carteira de 89 mil milhões e os do imobiliário são 473 com 163 mil milhões de dólares.

O grupo financeiro americano TIAA-CREF é o mais forte, com 5 mil milhões de dólares investidos.

Devido à especialidade do sector agrícola, os especialistas consideram que é necessário uma maior interligação entre os agricultores e os financeiros para aumentar o investimento.

Fonte: Agroinfo

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