publicado a: 2020-08-18

Ministra da Agricultura na abertura oficial da campanha da pera rocha

Fonte da Imagem: Portugal.gov.pt

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, participou na abertura oficial da campanha da pera rocha, no Cadaval.


No pomar teve oportunidade de apanhar pera rocha e observar as boas práticas dos trabalhos agrícolas, seguindo, aliás, as orientações anunciadas pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Agricultura visando minimizar o risco de contágio por Covid-19 nas explorações agrícolas, centrais de embalamento e armazenamento de frutas e legumes.


Na Coopval – Cooperativa Agrícola dos Fruticultores do Cadaval – foi possível acompanhar a chegada, embalamento e expedição da Pera Rocha.


A fileira, com reconhecida capacidade associativa e profissional, tem uma forte procura interna e exporta para vários países 70% da produção, o que representa, nas vendas ao exterior, 81 milhões e 102 milhões de toneladas.


A titular da pasta da Agricultura frisou a importância das organizações de produtores e destacou ainda o papel dos organismos do ministério na abertura de novos mercadores para os produtos portugueses, nomeadamente nas frutas e legumes.


«Tudo isto tem sido conseguido com uma grande união de esforços dos agricultores, a par duma estratégia concertada com o Ministério da Agricultura e cujos efeitos já se fazem sentir. Apesar da crise causada pela pandemia e de todos os efeitos na economia, as exportações do setor agroalimentar subiram 0,4% no primeiro semestre do ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado. No caso da Pera Rocha, as exportações aumentaram em valor e volume», referiu, no Cadaval, a Ministra da Agricultura.


Maria do Céu Antunes relembrou que, no mês de agosto, vão ser feitos os adiantamentos das ajudas incluídas no Pagamento Único (PU2020), no valor de 112 milhões de euros, dirigido a cerca de 137 mil beneficiários.


Assim, e de acordo com a regulamentação comunitária, será feita uma antecipação extraordinária do pagamento aos agricultores de 70 milhões de euros na medida de
apoio à Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas, de 31 milhões de euros na medida de apoio à Produção Integrada e de 11 milhões de euros na medida de apoio à Agricultura Biológica, desde que reunidas as condições regulamentares relativas ao controlo prévio ao pagamento.


A antecipação pela primeira vez para agosto destas ajudas «é também uma forma de reconhecimento do papel importante da Agricultura e dos agricultores portugueses que permitiram que as cadeias de produção e abastecimento em Portugal funcionassem durante todo este tempo difícil e que continuássemos, embora com constrangimentos, a crescer nas exportações».


Estes pagamentos, cofinanciados pelo FEADER, obrigam a uma antecipação das dotações do Orçamento do Estado no valor de cerca de 25 milhões de euros.


Por força das circunstâncias decorrentes da situação de pandemia, em 2020 o período de candidaturas prolongou-se, de final de maio até 10 de julho, pelo que só a partir desta data puderam começar os trabalhos que habitualmente se desenvolvem entre maio e outubro.


A Pera Rocha do Oeste foi reconhecida em 2003 como Denominação de Origem Protegida (DOP). O selo garante que a produção se faz num território específico e que todo o seu processo se rege por regras e saberes certificados.


Produz-se por ano, em média, 200 mil toneladas de pera rocha, cerca de 70% da produção é canalizada para a exportação o que represente 81 milhões de euros de faturação.

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