publicado a: 2018-09-19

Ministro da Economia diz que Portugal nunca pode esquecer a agricultura

O ministro da Economia defendeu esta terça-feira que Portugal «pode ser competitivo em muitos setores», mas «não pode nunca esquecer» a agricultura, cujas exportações têm crescido «muito bem» graças a «um conjunto de projetos muito diversificado».

«Portugal pode ser competitivo em muitos setores, mas não pode nunca esquecer que a agricultura é um desses setores e é um setor em que, quando fazemos bem, quando fazemos produtos diferenciados, quando fazemos produtos usando a melhor tecnologia, estamos a criar valor e estamos a criar emprego», afirmou Manuel Caldeira Cabral.

O ministro disse aos jornalistas que as exportações agrícolas portuguesas «têm estado a crescer muito bem nos últimos três anos e continuam este ano a crescer e isso decorre de um conjunto de projetos muito diversificado».

Trata-se de projetos agrícolas que vão desde a produção de frutas e de vinhos, que «têm tido um comportamento muito interessante», até às culturas de regadio, com é o caso do Alentejo e graças «à expansão do Alqueva, na qual o Governo tem tido muito empenho», exemplificou.

A produção agrícola permitida pelo Alqueva tem tido «um peso importante» no equilíbrio da balança comercial agrícola portuguesa, «mas não é apenas» esta, já que Portugal também está «a exportar mais vinho verde e do Douro», os quais «não estão a beneficiar do Alqueva», frutas, legumes frescos e «muitos frutos vermelhos».

De acordo com o ministro, a «mudança» que houve na agricultura em Portugal deveu-se «sem dúvida» ao investimento que se fez em projetos de irrigação, como o Alqueva, «mas não é o único», em «muitas unidades de produção agrícola» com maiores escalas, «mas também à melhor organização dos agricultores e das estruturas de comercialização» e a «uma melhoria muito grande na comercialização e na promoção dos produtos portugueses».

«Nos últimos anos, temos visto uma nova vida na agricultura alentejana», com «projetos de média e grande dimensão, muito bem estruturados, com irrigação» permitida pelo Alqueva e «virados para fora», ou seja, para o mercado de exportação, sublinhou.

O ministro disse que também «é muito interessante» a associação que está a ser feita entre agricultura e o turismo em Portugal, destacando que no país há um «potencial enorme» para a ligação entre os dois setores.

Com esta ligação, «a agricultura sai valorizada, quando promove os seus produtos ao nível do truísmo, porque cria clientes que ao conhecerem melhor o produto também o valorizam mais, mas também o turismo sai muito valorizado pelo genuíno, pelo encontrar o único, pela diferenciação que a agricultura pode criar», explicou.

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