Novas regas para o Aproveitamento Hidroagrícola do Mira não agradam a autarcas
Os presidentes das Câmaras Municipais de Aljezur e Odemira já se pronunciaram sobre novas regras para Aproveitamento Hidroagrícola do Mira.
José Gonçalves e José Alberto Guerreiro, estão “preocupados com os efeitos práticos decorrentes da Resolução de Conselho de Ministros que permite a continuada densificação de culturas protegidas e consequente pressão social” na área do Parque Natural, afirmando que “não são contra a atividade empresarial agrícola ou qualquer outra”, desde que “se enquadrem nos modelos de desenvolvimento constantes” dos Planos Regionais de Ordenamento do Território e Planos Directores Municipais, bem como nos objetivos e regras do PNSACV [Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina].
Os autarcas “lamentam que a generalidade das suas propostas”, no âmbito do Grupo de Trabalho do Mira coordenado pela CCDR Alentejo, “não tenha sido adoptada na presente resolução”, apesar de terem participado “de forma construtiva numa solução equilibrada entre a actividade agrícola e a salvaguarda dos valores ambientais presentes no território, alguns com estatuto de proteção europeia.”
Os autarcas garantem que “estiveram e estão de boa-fé, e a todo o tempo disponíveis para um processo de concertação”.
Defendem que “a agricultura ‘protegida’ e o alojamento temporário nas explorações agrícolas devem ter limites e controlo no PNSACV” e consideram “um imperativo não acrescer nos limites fixados para a agricultura protegida no PNSACV”.