Polémica no programa de luta contra a bactéria que mata as oliveiras
O problema da infestação das oliveiras italianas da região de Gallipoli com a bactéria Xylella fastidiosa, que pode levar à morte de milhões de oliveiras, continua a estar na ordem do dia.
Pensa-se que esta bactéria deve ter sido trazida da Costa Rica em 2013 e, até hoje, já contaminou mais de 1 milhão de árvores. Esta bactéria ameaça sair desta zona e afectar também as vinhas e frutos secos.
Depois de a Comissão Europeia ter apontado o dedo à Itália, acusando as autoridades de pouco fazerem para controlar a doença, impõem-se medidas urgentes que começam já a levantar polémica.
Assim, a Comissão Europeia quer o abate e destruição de todas as árvores atacadas pela doença, enquanto as autoridades italianas consideram que uma política de terra queimada não é uma solução, defendendo um programa para controlar a doença.
A bactéria é muito difícil de combater e é transmissível pelos insectos, mas há quem dê o exemplo da Califórnia, onde existe a bactéria e o Napa Valley continua a produzir uvas normalmente.
Vários cientistas estão a trabalhar numa solução para o problema, sendo que os agricultores das zonas afectadas opõem-se ao arranque das oliveiras, com receio de se perder uma produção com renome mundial e fundamental para a sua sobrevivência económica.
Fonte: Agroinfo