Portugal quer ser o maior fornecedor de produtos de tomate ao Japão
Portugal quer ser o maior fornecedor de produtos derivados de tomate do Japão, um objetivo que os industriais do tomate acreditam ser possível, depois de o país alcançar a segunda posição em 2012, ultrapassando os Estados Unidos.
A primeira posição é ocupada pela China, «por razões de proximidade e de preço», mas nos últimos anos as exportações daquele país asiático têm decrescido, enquanto Portugal reforçou a sua posição, disse o secretário-geral da AIT, Miguel Cambezes.
Dados da associação congénere japonesa indicam que as exportações para o Japão atingiram as 30.838 toneladas em 2013, aumentando 37% entre 2011 e 2012 e 21% entre 2012 e 2013.
Miguel Cambezes não arrisca, no entanto, um horizonte temporal para concretizar a liderança, pois há diversas variáveis em jogo e nem todas dependem da AIT.
«Depende de um conjunto de circunstâncias, como os preços do mercado mundial e acordos comerciais» que estão em curso, como o tratado entre União Europeia e o Japão ou o acordo Estados Unidos/Ásia Pacífico que permitirá à Califórnia, principal concorrente de Portugal, melhorar as suas condições de exportação.
A AIT, que detém atualmente a presidência da associação europeia que congrega a indústria de tomate, tem promovido reuniões sobre esta temática para sensibilizar os parceiros europeus para a importância de um tratado comercial com o Japão.
Miguel Cambezes apelou igualmente ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que visita o Japão na próxima semana, para pôr o assunto na agenda.
«Um sinal político ajuda muito. Era útil que [o primeiro-ministro] encontrasse algum tempo na agenda para transmitir a ideia de que este é um setor importante para o Governo e que está interessado em desenvolvê-lo comercialmente», frisou.
Fonte: Agronegócios.eu