Previsões apontam para “fortes aumentos” na produtividade da maçã e da amêndoa
As previsões do ‘Boletim Mensal da Agricultura e Pescas’, do Instituto Nacional de Estatística (INE), a 31 de agosto deste ano, apontam para “fortes aumentos de produtividade” na maçã e na amêndoa, de 30% e 65%, respetivamente, face a 2018.
De acordo com os dados agora divulgados, no pêssego a previsão é de um aumento da produção de cerca de 5%, para um total de 49 mil toneladas, com o INE a indicar que esta deverá ser “a maior produção das últimas 16 campanhas”. Além disso, na vinha deverá registar-se um aumento no rendimento unitário de 5%.
Em sentido contrário, a produtividade do kiwi deverá registar uma diminuição de cinco pontos percentuais, prevendo-se uma produtividade de 11,8 toneladas por hectare, e a pera deverá registar uma produtividade semelhante à da campanha anterior, prevendo-se cerca de 13,0 toneladas por hectare.
Produção de tomate para indústria próxima de níveis históricos de 2015
No que diz respeito à colheita de tomate para a indústria, o INE diz que se preveem “aumentos de produtividade no tomate para a indústria, para níveis próximos dos máximos históricos alcançados em 2015.”
De acordo com o gabinete de estatística, a colheita de tomate para a indústria iniciou-se na semana entre 29 de julho a 4 de agosto e “tem decorrido com normalidade. Os receios de que a apanha (totalmente mecanizada) e o transporte do tomate para as indústrias transformadoras, bem como o próprio funcionamento das fábricas (dependente de fuel e gás), pudessem ser afetados pelas dificuldades no abastecimento de combustíveis (resultantes da greve dos motoristas de matérias perigosas), não se concretizaram, tendo a calendarização das entregas de tomate à indústria sido cumprida sem dificuldades.”
As previsões indicam, assim, que a produtividade média deverá ultrapassar as 93 mil toneladas por hectare, uma das mais elevadas desde que há registos sistemáticos, diz o INE.
Produção de batata de novo acima das 450 mil toneladas
Na batata, a apanha está quase concluída, esperando-se um aumento da produção global (regadio e sequeiro) de 14% face à campanha anterior, ultrapassando as 450 mil toneladas.
O INE revela ainda que em agosto de 2019 as variações mais significativas no índice de preços de produtos agrícolas no produtor foram observadas nos suínos (+12,7%), hortícolas frescos (+10,6%), ovos (+7,1%), batata (-53,8%) e azeite a granel (-14,7%).
Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se nos frutos (+14,3%), hortícolas frescos (+12,1%), ovos (+10,9%) e batata (-31,0%).