Primeiro medronhal certificado: dos frutos frescos ao combate aos incêndios
Fica em São Pedro de Alva, no concelho de Penacova. Entre os rios Alva e Mondego predomina agora na paisagem o eucalipto, mas há várias décadas o cenário era bem diferente.
A ideia partiu do docente da Universidade de Aveiro, mas também presidente da Cooperativa Portuguesa de Medronho, Carlos Fonseca, que em 2013 criou a Medronhalva.
A Medronhalva tenciona com estes novos 20 hectares de medronheiros ajudar no combate aos fogos florestais, reordenando o território, mas também mostrar que existem alternativas rentáveis ao eucalipto.
E quando chegamos ao cimo do monte apercebemo-nos do crescimento dos medronheiros, temos aos pés o rio Alva e sabemos que à nossa volta estão cerca de 20 hectares de medronheiros, da Medronhalva, o primeiro medronhal com certificação no mundo cresce no concelho de Penacova pelas mãos do professor, investigador e biólogo Carlos Fonseca.
Um selo de garantia da FSC, a FOREST STEWARDSHIP COUNCIL, que tem por base a sustentabilidade ambiental económica e social. "Resulta desde logo da própria origem das plantas, que no nosso caso tem o próprio fruto. Com 120kg de fruto que colhemos na região conseguimos germinar 30 mil plantas", assegura.
Deste conjunto, onze mil foram utilizadas no território que a TSF foi conhecer. Uma estratégia que pode estar na origem de uma mortalidade diminuta no primeiro ano, abaixo dos 20%, mesmo com verões quentes e pouco chuvosos como foram os dos últimos anos.
E porque o eucalipto tem um potencial económico forte, na luta eucalipto / medronheiro, Carlos Fonseca, que também é presidente da Cooperativa Portuguesa do Medronho, apresenta algumas vantagens para a árvore que dá fruto, que podem ser ouvidas na reportagem áudio, bem como os apoios concedidos pela REN na plantação de medronheiros debaixo de linhas de muito alta tensão.
Fonte: TSF