publicado a: 2015-09-16

Proibição total das clonagens para fins alimentares

Os eurodeputados, numa votação de 8 de Setembro, decidiram contra toda a clonagem de animais para fins alimentares, mas também contra a comercialização da descendência de animais clonados e produtos a eles ligados.

Esta decisão é muito mais restritiva do que era proposto pela Comissão e foi tomada com grande margem de apoio, pois teve 529 votos a favor, 120 votos contra e 57 abstenções.

A Comissão Europeia não pedia, sequer, qualquer restrição à comercialização dos animais descendentes de animais clonados, apesar de dar liberdade para ser imposta uma etiquetagem obrigatória para a carne e produtos derivados daqueles animais.

O grande argumento para esta votação foi o bem-estar animal, uma vez que a European Food Safety Authority (EFSA) emitiu um parecer científico, em que mostrava grande preocupação com a saúde dos animais clonados, uma vez que a taxa de mortalidade desses animais é mais elevada que o normal.

A Comissão já reagiu através do Comissário Vytenis Andriukaitis, que considerou esta proibição excessiva, uma vez que os animais descendentes de clones já não têm esses problemas de saúde.

A decisão do Parlamento Europeu (PE), no entanto, permite a clonagem para fins de investigação, para a conservação de espécies raras ou em vias de extinção e para a utilização para a produção de produtos farmacêuticos.

Este tema já tinha sido debatido em 2011 e, na altura, não houve consenso entre as decisões do PE e a posição dos Estados Membros. O Conselho de Ministros, na altura, queria limitar as restrições da comercialização à etiquetagem obrigatória da carne de bovino proveniente de descendentes de animais clonados.


Fonte: Agroinfo

Comentários