Seca deixa rio Tejo com poluição
Os esgotos de Madrid são cada vez mais uma ameaça para o "fio" de água em que, face à pior seca em 80 anos, se transformou o rio Tejo. Na confluência do maior rio da Península Ibérica e o seu afluente, o Jarama, a água deste último é em maior quantidade. Contudo, o rio corre negro.
"Embora cumpra a normativa referente à poluição da água, o volume de resíduos (resultante da população, indústria e agricultura) é tal que a capacidade de depuração é insuficiente", assegurou Beatriz Larraz, uma das responsáveis do Grupo de Investigação do Tejo, ao jornal espanhol ‘El País’. Um grupo de académicos e ecologistas reivindicam a recuperação do rio Tejo.
Em Portugal, a falta de água tem afetado não só as produções como o armazenamento nas albufeiras. A barragem de Fagilde, que abastece os concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo, tinha ontem menos água do que na quarta-feira, dia em que mais de 100 camiões transportavam água para a albufeira, oriunda da barragem da Aguieira.
Ou seja, a chuva dos últimos dias apenas adiou por mais algum tempo a situação de quase falta de água naquela albufeira.
É expectável que nos próximos dias o cenário se agrave, apesar de as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera indicarem chuva e aguaceiros até quarta-feira.
Já as temperaturas vão baixar significativamente em todo o território continental, estando previstas temperaturas negativas no interior até ao final da semana.