FAO: Estabilidade nos preços mundiais dos alimentos
O índice mensal de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação manteve-se estável em Outubro, já que a alta dos preços do açúcar e do azeite compensou a descida dos preços dos lacticínios e da carne.
O Índice da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) baixou 192 pontos, tecnicamente a sua sétima queda mensal consecutiva, com uma ligeira descida de 0,2 por cento em relação aos resultados revistos em Setembro. Esta ligeira descida do índice é «muito positiva para os países importadores», declarou a economista da FAO, Concepción Calpe, uma variação que coincide com uma revisão em alta do prognóstico da FAO para um a produção mundial recorde de trigo nesta campanha agrícola.
Os preços dos lacticínios caíram cerca de 1,9 por cento, com descidas na manteiga e leite em pó devido ao aumento da produção na Europa, onde muito produtores enfrentam a proibição da Rússia às importações de queijo. O índice de preços da carne da FAO situou-se em 208,9 pontos, menos 1,1 por cento em relação a Setembro, mas mais de 10 por cento acima do nível registado 12 meses antes.
Os preços dos cereais, que sofreram uma forte queda durante os meses recentes, já que a produção mundial de trigo e milho parecia apontar para uma colheita recorde, manteve-se em geral estável nos 178,4 pontos em Outubro, tendo em conta que os atrasos da colheita de milho nos Estados Unidos e a deterioração das perspectivas para a colheita de trigo na Austrália conduziram a uma maior firmeza dos preços. Contudo, os preços do arroz baixaram, com achegada ao mercado da nova colheita. O Sub-índice dos cereais reduziu 9,3 por, ou seja, 18 pontos abaixo do nível do ano anterior. Em geral, segundo a FAO, os preços dos alimentos estão nos seus níveis mais baixos desde Agosto de 2010.
Fonte: Agrodigital via Confagri