A inteligência artificial ao serviço da agricultura
A empresa Blue River Technology desenvolveu um sistema que ajuda na remoção de infestantes em plantações, com precisão milimétrica.
Todos os dias, mais e mais atividades beneficiam do desenvolvimento informático, e a agricultura não é excepção.
A empresa americana desenvolveu um sistema que permite automatizar de forma inteligente, o processo de eliminação das infestantes das plantações, utilizando inteligência artificial para determinar sobre que planta colocar o produto.
Lee Redden, co-fundador da empresa, disse durante uma palestra na Conferência de Tecnologia na Califórnia, que o sistema usa deep learning para ajudar os produtores na fertilização e desbaste das culturas.
"As máquinas tornam-se mais e mais inteligentes e vão tomar medidas sobre cada planta individualmente", disse ele.
"Isso é o que tem de acontecer na agricultura para a tornar mais eficiente, tanto no uso da terra, como no uso de produtos, de maquinarias e na obtenção de rendimentos mais elevados", disse Redden.
Graças a uma série de câmaras que enviam a imagem para um processador, o sistema é capaz de, em pouco segundos, determinar se a planta que está a analisar, serve ou não, e decidir que ação tomar: eliminar as ervas daninhas, fertilizar a planta ou remover a planta para dar mais espaço às outras, tudo com uma eficácia de 98%.
O LettuceBot funciona graças a 20 processadores de última geração, com aspersores de precisão milimétrica e algoritmos de visão, permitindo-lhe tomar cerca de 5.000 decisões por minuto. O sistema é acionado por um tractor, que se move através da plantação a 6 km por hora, tratando cerca de 16 hectares por dia.
Este sistema já é usado em cerca de 10% das plantações de alface nos EUA, e a empresa já está a trabalhar em outras culturas, como o algodão e a soja. A máquina pode ser totalmente automatizada num futuro próximo, com um trator autónomo e um braço robótico para fazer a colheita.
O sistema permite uma economia de até 90% no custo de produtos fitofarmacêuticos.
Fonte: Clarín