Conheça os grandes desafios do agronegócio na era digital
Em dois dias de evento, o 4º Fórum de Agricultura da América do Sul levou ao Brasil (Curitiba) especialistas e instituições de 13 países diferentes, para debater o futuro do agronegócio a partir da realidade sul-americana; alguns pontos mostraram-se fundamentais durante as discussões, para que o campo possa ser ao mesmo tempo rentável para quem trabalha, sustentável para o planeta e produtivo para que a humanidade se possa alimentar.
Novas lideranças
A procura pelos ganhos em produção e produtividade tem ditado o ritmo da agropecuária nas últimas décadas. Os avanços são inegáveis, mas, para o futuro, um dos principais desafios que o campo tem pela frente vai além do que se planta e do que se colhe, do que se cria e do que produz. A atenção deve concentrar-se não só no que o agronegócio faz, mas em quem faz o agronegócio. Essa foi uma das conclusões a que chegaram os especialistas durante o fórum e que dará inclusive mote à próxima edição do evento, em 2017: a necessidade de se formar novos líderes rurais, jovens que permaneçam no campo e pensem a atividade de forma consciente, corajosa e inovadora, capazes de entender que as propriedades não devem ser pontas soltas na cadeia produtiva, mas parte de um conjunto coeso, altamente produtivo e sustentável.
Pequenos Produtores
Alimentar o mundo é um desafio gigantesco: em números, significa dizer que, até 2050, a humanidade terá que alimentar – três vezes ao dia – mais de 9 biliões de pessoas. Essa é a previsão das Nações Unidas, que vêem no Brasil uma das principais apostas do planeta. Com um território capaz de suprir a maior procura por alimentos, o país possui também recursos naturais que tornam a atividade possível. No entanto, é preciso adaptar-se desde já num processo que passa por todas as propriedades, das mais extensas às que abrigam os pequenos agricultores, pessoas que moram e vivem do campo. No segundo caso, em especial, está a chave para diversificar a produção de comida, sem esquecer a necessidade de apoio, para que se possa trabalhar de maneira produtiva e sustentável.
Agricultura digital
A expressão “ter o controlo de algo na palma da mão” nunca fez tanto sentido como nos dias de hoje. E o agronegócio também está inserido na era das aplicações, smartphones, robôs, inteligência artificial, entre outros. A tecnologia, que permitiu um salto de produtividade nas últimas décadas, já está e deve ficar cada vez mais presente no dia a dia do produtor rural. Seja auxiliando na recolha e análise dos dados da propriedade e, consequentemente, no processo de tomada de decisões, o fórum mostrou que tecnologia não é uma opção, mas uma condição para o desenvolvimento. Sensores, imagens de satélite, realidade virtual, big data: são “gigatoneladas” de informação, tudo em tempo real, para tornar o negócio mais competitivo.
Entrave na logística
A produção e o mercado consumidor de biliões de pessoas vai aumentar ainda mais nas próximas décadas. Uma das grandes interrogações do agronegócio é como otimizar o que liga estes dois pontos: a logística. O processo de escoamento interfere tanto nos custos para o produtor quanto no preço pago pelo comprador final, ou seja, é determinante para a viabilidade do negócio.
Fonte: Agrolink