Plástico biológico produzido a partir de excedentes de leguminosas
Será possível, no futuro, substituir o petróleo e a produção de plásticos com recurso a excedentes de leguminosas? A EURONEWS esteve em Itália e na Eslovénia onde cientistas e uma pequena empresa produzem um plástico biológico, inovador e amigo do ambiente.
A industria alimentar europeia cria, todos os anos, toneladas e toneladas de resíduos de leguminosas, como ervilhas.
A Euronews foi à cidade de Parma conhecer este projeto, amigo do ambiente, que poderá vir a ser importante na produção sustentável de materiais essenciais no quotidiano.
Um processo que evita a utilização do petróleo e derivados.
Segundo os cientistas da Estação Experimental para a Industria das Conservas Alimentares, o processo implica a separação de fibras e proteínas das leguminosas.
A pasta de leguminosas é depois exposta a uma solução química. Numa segunda fase, são separadas a parte líquida da parte sólida. E é nessa matéria sólida que se encontram as proteínas e as as fibras.
O projeto europeu de investigação Leguval é responsável pelo desenvolvimento deste processo de extração. As fibras e proteínas resultantes do processo serão depois utilizadas como ingrediente para a produção do plástico biológico.
A pureza do produto é importante, especialmente no que diz respeito à proteína que foi extraída, porque permite melhorar as características do material, ou seja, do plástico biológico.
O produto poderá conter alguns resíduos, mas a verdade é que a percentagem de proteínas é muito elevada (cerca de 80%).
Produção de vasos biodegradáveis na Eslovénia
É em Radle ob Dravi, na Eslovénia, que a Bokri, uma pequena empresa familiar que fabrica vasos ecológicos.
Os grãos de plástico biológico são utilizados na conceção dos vasos. A matéria encontra-se ainda em fase experimental e foi totalmente produzida na Eslovénia.
Os grãos são, neste caso, fundidos, e depois injetados num molde. O resultado são vasos que podem fornecer nutrientes às plantas. São completamente biodegradáveis. Podem ser recilados em casa, no jardim ou no campo. Podem ainda ser utilizados como componente para a alimentação de animais numa quinta.
Ambos os projetos são fruto da investigação europeia. Agora, é preciso que o setor industrial aceite investir na produção em grande escala.
Fonte: Euronews