CNA apela ao cessar-fogo imediato e ao fim do massacre na Palestina
Perante a escalada perturbadora de violência registada nas últimas semanas, no contexto do conflito israelo-palestiniano que se arrasta há décadas, a CNA apela a um cessar-fogo imediato e incondicional e ao fim de todos os actos de violência contra civis. A CNA manifesta solidariedade para todas as vítimas civis e suas famílias, independentemente da sua religião ou nacionalidade.
A urgência de dar início a um processo de resolução não violenta do conflito entre a Palestina e Israel, com base no direito internacional, é indissociável da abertura de corredores seguros e de fronteiras para garantir que energia, alimentos, água e cuidados médicos, desesperadamente necessários em Gaza, sejam fornecidos imediatamente à população.
Nas últimas décadas, o povo palestiniano, na Cisjordânia e em Gaza, tem sofrido com elevados níveis de insegurança alimentar, desemprego, expropriação de terras e mar, destruição de infra-estruturas e culturas agrícolas e acesso muito limitado a serviços essenciais. As acções hostis de Israel intensificaram-se nos últimos anos, numa clara violação do direito internacional, de resoluções das Nações Unidas e dos Direitos Humanos fundamentais, perante a passividade de muitos Governos, incluindo o português, e da União Europeia.
Enquanto membro da organização camponesa internacional La Via Campesina (LVC), a CNA faz eco da solidariedade da LVC aos camponeses, aos pescadores e ao povo da Palestina e apoia os seus direitos à alimentação, à água e às suas terras, tantas vezes perdidos para dar lugar a colonatos israelitas que são ilegais sob o direito internacional. Estendemos a nossa solidariedade e o nosso apoio à organização palestiniana União dos Comités de Trabalho Agrícola (UAWC) que, como a CNA, faz parte da LVC.
Conscientes de que o fim da ocupação da Palestina é condição basilar para pôr fim ao conflito, a CNA apela ao Governo português e à União Europeia que pressionem para o estabelecimento do cessar- fogo e para travar a escalada da violência e trabalhar em prol da paz, iniciando um processo de negociação e diálogo para resolver a situação catastrófica da Palestina, garantindo o cumprimento das resoluções da ONU relativas a este conflito e a restituição dos direitos do povo palestiniano.
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