publicado a: 2017-07-17

Investigadores desenvolvem sensor de deterioração precoce da batata armazenada

A produção de batata em Idaho, nos Estados Unidos, representa um valor de 500 milhões de dólares anuais. E muitos destes tubérculos acabam por apodrecer nos armazéns. Por isso, os investigadores Harish Subbaraman, David Estrada e Yantian Hou, da Boise State University, que esperam mudar este desfecho, criaram um sensor de baixo custo para determinar o nível de podridão das batatas em armazém.

Graças a uma recente doação de 413.681 USD, da Idaho Global Entrepreneurial Mission (IGEM) à Boise State University, aquele estabelecimento de ensino, fez um protocolo com a Universidade Estatal de Idaho, a empresa Isaacs Hydropermutation Technologies (IHT) e a Emerson para desenvolver uma rede de sensores, sem fios, capaz de detetar os níveis de temperatura e humidade, assim como de dióxido de carbono e amoníaco, em tempo real, para ajudar a detectar de forma precoce o estado de podridão das batatas em armazéns.

Segundo La Farm Bureau Federation do Estado de Idaho, a cada Primavera os agricultores plantam mais de 129.500 hectares de batatas, avaliadas entre 550 a 700 milhões de dólares. Apesar disso, a maioria dos consumidores desconhece que aproximadamente 30% da colheita é perdida antes de chegar ao ponto de venda.

Sistema de sensores na cloud

Este sistema de sensores, que guarda os dados na cloud, conta com uma visão tridimensional das zonas críticas e ajudará a prever a podridão ou a deterioração da qualidade das batatas armazenadas. Isto permitirá aos proprietários utilizar os dados dos sensores em tempo real, com um sistema para limpeza do ar, que está a ser desenvolvido pelo IHT com o fim de dar uma rápida resposta aos potenciais problemas.

Harish Subbaraman, professor assistente de Engenharia Electrónica, diz que “o problema atual é que não existem sensores que possam detetar a podridão de forma atempada, mas pode fazer-se, podem-se evitar perdas de colheita em grande escala”.

Por sua vez, o professor David Estrada adianta que “o custo dos sensores pode ascender a apenas uns poucos de dólares por unidade. Espera-se que o sistema de monitorização não só ajude a evitar que se produzam desperdícios, mas que também se possa ajudar a conservar a qualidade das batatas em armazém”.

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