Prisão-Escola de Leiria pretende construir estufa e pomar
O Estabelecimento Prisional de Leiria (EPL) prevê criar um pomar e uma estufa, que permita variar as plantações e ter outra oferta de culturas para venda na sua loja ao público.
Desde o final de junho que o EPL abriu a Loja da Quinta, um projeto que visa vender os legumes produzidos pelos reclusos nos terrenos da cadeia.
O objetivo é aumentar a produção de outros bens, pelo que o diretor, José Ricardo Nunes, revelou à agência Lusa que pretende criar uma estufa para produzir alguns frutos.
"Queremos ter produtos durante todo o ano e diversificar a oferta a disponibilizar às pessoas", referiu o diretor.
O diretor adjunto, José Rodrigues, acrescentou que a criação de um pomar é outra das pretensões, para que a loja possa vender vários produtos. "A ideia é ter uma agricultura de subsistência".
"A cadeia tem uma grande tradição de produção de bens hortícolas e manufaturados. Tinha vacas, cabras e ovelhas - que estamos a tentar recuperar -, produção agrícola e vinho. Além disso, tinha pequenas indústrias, como uma fábrica de tijolos, encadernação e sapataria. O mundo mudou, já não há necessidade de encadernação e os sapatos já não se remendam. Todo esse tipo de atividades perdeu-se, agora a agricultura não", constatou José Ricardo Nunes.
José Rodrigues acrescentou que as ovelhas "ajudam na manutenção da quinta", revelando ainda que está em curso o processo de rotulagem do vinho que também é produzido na Prisão-Escola há vários anos.
"Deverá chamar-se Quinta Lagar D'El Rei".
Além destes projetos, o estabelecimento integra ainda a horta solidária, um projeto que tem com o Banco Alimentar de Leiria há vários anos.
"Eles fornecem o material, como as sementes, e nós a mão-de-obra".
Os produtos são depois para distribuir pelas pessoas apoiadas por esta instituição.