No Brasil, agricultores testam o uso de ácaro para eliminar praga no chuchu

No Brasil, agricultores de Santa Catarina estão a testar o uso de ácaros predadores para eliminar pragas em culturas de chuchu. A disseminação de inimigos naturais reduz a necessidade da aplicação de produtos fitofarmacêuticos.

Um agricultor acumulou durante seis anos prejuízos na sua produção até encontrar a solução mais adequada. Com assistência dos técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), os produtores implantaram há dois anos o sistema de controlo biológico.

Um dos principais inimigos do chuchu é o ácaro aponychus schultzi, que danifica a plantação. Para o combater, o produtor cria ácaros predadores, que são soltos na área de cultivo e devoram a praga sem danificar os legumes. 

A monitorização é feita através da análise de folhas para saber a quantidade de predadores e a quantidade de ácaros que a plantação tem. De acordo com a informação recolhida liberta-se a quantidade necessária de predadores.

A técnica é simples. O ácaro puro é criado dentro de um espaço reservado. Depois de mais desenvolvido, ele é colocado em folhas de feijão e distribuído pela plantação. A última e principal etapa do processo é a libertação do ácaro predador na área afetada com a praga. No mesmo dia começa o controlo. Numa semana, é possível ver o resultado e o chuchu fica com 70% menos produtos fitofarmacêuticos. O controlo biológico também tornou possível a redução de custos e a manutenção da produção.

Por enquanto a tecnologia dos ácaros predadores é utilizada na plantação de chuchu em três fazendas da Grande Florianópolis, no Brasil. A intenção é aumentar o número de propriedades e ampliar os tipos de cultivos beneficiados.

O cultivo de morango deve ser o próximo a ser beneficiado com a tecnologia dos ácaros predadores.