Ajudas diretas aos agricultores começam a ser criticadas
As ajudas directas pagas aos produtores e, dentro delas, as que são desligadas da produção, começam a ser criticadas, com o argumento de poderem servir para negócio dos agricultores.
Desde 2006 que as ajudas são cada vez mais desligadas da produção e passaram a ser uma valorização do terreno, sendo que os novos direitos para o regime de pagamentos directos começam a apresentar algumas incoerências.
Segundo alguns analistas, o problema coloca-se a vários níveis, como o da produção, uma vez que se o agricultor recebe sem ter necessidade de produzir, opta muitas vezes por essa situação, o que tem resultado negativo ao nível das produções agrícolas dos países.
Por outro lado, trata-se de dinheiro público, que vem potenciar e aumentar o valor de venda dos terrenos, uma vez que o comprador do terreno, se já tiver outros terrenos, fica com os direitos e, portanto, compra uma terra já com um rendimento fixo, sem ter que fazer nada.
Acontece que, por exemplo, em França, o nível médio de ajudas desligadas por hectare, situa-se entre os 200 e 600 euros, pelo que muitos proprietários, na altura da venda, além do preço do terreno, exigem o pagamento de vários anos de subsídios.
O Presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, já veio publicamente defender a redução deste tipo de ajudas.
Fonte: Agroinfo