publicado a: 2015-01-28

Nova proposta de legislação sobre as sementeiras OGM’S parece não agradar a ninguém

Os grupos ambientalistas contra os OGM’s e as empresas de biotecnologia parecem entrar num novo capítulo de fortes divergências, depois do voto do Parlamento Europeu sobre a futura legislação europeia sobre o cultivo dos OGM’s, que permite aos estados membros proibir unilateralmente a sua sementeira.

Esta decisão parece não agradar a qualquer das partes, com os ambientalistas a defenderem a proibição total das sementeiras OGM’s, considerando que as sementes ainda não estão suficientemente testadas, no que diz respeito aos efeitos na saúde pública.

Por outro lado, as empresas de biotecnologia, que consideram os OGM’s perfeitamente seguros e fundamentais para a alimentação do planeta, defendem que os agricultores deviam ter a liberdade de decidir o que querem semear.

Segundo a Monsanto, o países que proibirem os OGM’s vão prejudicar bastante os agricultores, pois estes vão ter menores produtividades, enquanto os seus colegas americanos vão aumentando as suas produções  cada vez mais.

Por outro lado, um porta-voz da Greenpeace argumenta que esta lei pode colocar problemas aos estados membros, na procura dos motivos ambientais, que são necessários invocar para proibir o cultivo.

Existe uma grande divisão de opinião no seio dos estados membros e enquanto que a França e a Alemanha se opõem ao seu cultivo, o Reino Unido é completamente a favor.

Os países que mais cultivam OGM’s são Portugal e Espanha, sendo que também são cultivados na Eslováquia, na Roménia e na República Checa.

Em 2013, cerca de 150.000 hectares foram cultivados com sementes OGM’s, a maior parte em Espanha, no entanto, para consumo animal, só em 2012, a União Europeia importou 30 milhões de toneladas de grãos OGM’s.

Fonte: Agroinfo

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