Em Oleiros lagarta do pinheiro já iniciou migração
A lagarta do pinheiro, também conhecida como processionária, iniciou a migração habitual e os relatos têm surgido um pouco por todo o país e também no concelho de Oleiros.
Deste modo, o Serviço Municipal de Proteção Civil/Gabinete Técnico Florestal alerta então para a presença deste inseto e aconselha a tomada de medidas de precaução caso a população encontre lagartas de processionária.
Assim, em área florestal ou espaços públicos (que não seja sua propriedade) as pessoas devem afastar-se, em escolas e outros locais onde estejam presentes crianças, deverão impedir-se os mais pequenos, sempre que possível, a aceder à zona das árvores atacadas.
Nas propriedades privadas há que tomar as medidas necessárias e recomendadas para controlar. Em caso de aparecimento de sintomas de alergia deve consultar-se, de imediato, o posto médico mais próximo. Para além das crianças, os animais são os principais visados pelos ataques das temidas processionárias, e neste caso há que redobrar a atenção, porque as consequências podem ser fatais.
O nome processionária vem da procissão formada pelas lagartas quando abandonam a parte aérea da árvore e se dirigem para o solo, onde se enterram para iniciarem a fase de pupa que pode durar de 1 a 3 anos. No entanto, podem ser adotadas medidas de controlo pelos proprietários/gestores de árvores ameaçadas ao longo de todo o ano.
De janeiro a maio deve proceder-se à destruição das lagartas em procissão e pupas no solo, aplicar cintas adesivas embebidas em cola à base de poli-isolbutadieno nos troncos das árvores para captura das lagartas aquando da procissão de enterramento, proceder à recolha manual e queima das lagartas encontradas no solo (cuidado com os pelos urticantes!) e por fim mobilizar o solo nos locais onde se suspeita de enterramento, para destruição das pupas.
De junho a setembro devem instalar-se armadilhas iscadas com feromonas sexuais (1 a 3 por hectare), para captura de machos (borboletas).
De setembro a outubro/novembro devem usar-se tratamentos bioquímicos, como inibidores de crescimento, hormonas de muda dos insetos e inseticidas microbiológicos à base de Bacillus thuringiensis (apenas eficaz no estado de ovo ou nos primeiros instares de desenvolvimento larvar 8-10 mm de comprimento) - até outubro; e também através de microinjeção no tronco (lagartas até 30 mm) - normalmente eficaz entre setembro e novembro.
De outubro a dezembro deve proceder-se à remoção manual dos ninhos seguida de queima ou injeção de um inseticida piretróide de síntese nos ninhos (ação a executar durante o dia, quando as lagartas se encontram no ninho).