Governo dos Açores e agricultores concordam com medidas para rejuvenescer o setor
O secretário regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, declarou, à margem de um encontro para apresentar o programa aos parceiros do setor, realizado em Ponta Delgada, que esta iniciativa pretende “tornar o setor agrícola ainda mais atrativo para os jovens”.
João Ponte referiu que, após um diagnóstico realizado pelo executivo açoriano, foi identificado um pacote de medidas que passam por apoiar e incentivar a fixação de jovens, por via de majorações, que já existem no setor, mas que agora surgem especificamente para esta faixa etária.
O titular da pasta da Agricultura avançou que o novo programa prevê também uma linha de apoio para os jovens surgirem com projetos de primeira instalação, que será alargada aos jovens que aderiram ao setor nos últimos cinco anos.
João Ponte avançou que a iniciativa vai contemplar ainda cursos de formação técnico-profissional em agropecuária, “com a envolvência e participação” da Federação Agrícola dos Açores e da Associação de Jovens Agricultores Micaelenses, tendo considerado que o programa “Jovem Agricultor” é “ambicioso e "visa a sustentabilidade do setor”.
Segundo o inquérito realizado pelo Governo Regional, 16% dos agricultores dos Açores possuem menos de 40 anos, sendo a expectativa do governante que o novo programa entre em vigor até final do ano.
O presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita, subscreve a iniciativa do Governo porque contempla “muitas das reivindicações” das associações do setor, considerando que “vai proporcionar aos jovens agricultores alguns desafios” e majorações nas ajudas adicionais já existentes.
O presidente da Associação de Jovens Agricultores Micaelenses, César Pacheco, considerou que o programa “vai ao encontro do que são as revindicações dos jovens”, fornecendo um “maior apoio a nível da formação e arranque numa atividade que custa muito” em termos financeiros.
O dirigente afirmou que os jovens já existentes no setor estão “muito bem preparados” tanto na fileira do leite como da carne, enquanto os que vão surgindo estão “muito interessados” na vertente agrícola, perspetivando-se uma “boa adesão” ao programa.