Governo tem seis milhões de euros para servidões na rede primária estruturante
O secretário de Estado das Florestas assegurou que o Governo tem disponíveis seis milhões de euros para compensar os produtores florestais situados nos 1.500 quilómetros da rede primária estruturante, que vai ser feita este ano.
"O que eu posso garantir é que este ano, nesta rede estruturante, nós vamos negociar com os proprietários aquilo que são as suas perdas de rendimento e como os podemos compensar deste serviço público que está a ser feito. Para aquilo que pensamos fazer este ano, que são 1.500 quilómetros da rede primária estruturante, temos previsto cerca de seis milhões de euros para pagar servidões", afirmou Miguel Freitas à agência Lusa.
O governante deslocou-se a Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, para acompanhar o trabalho desenvolvido pela primeira brigada de sapadores florestais da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB).
"Nós constituímos, a nível nacional, 19 brigadas de sapadores florestais. Para este território, [CIMBB] vamos ter duas brigadas de sapadores florestais. Cada território tinha necessidades diferentes e nós ajustámos o número de brigadas em função do território em concreto. Neste caso, entendemos que havia necessidade de duas brigadas, isto é, esta comunidade intermunicipal vai ter 30 homens para fazer o trabalho", explicou.
Adiantou que estão previstos fazer na área da CIMBB 260 hectares em cerca de 10 quilómetros da rede primária, que faz parte daquilo que o Governo considera a rede primária estruturante do país.
"Nós, dos 11.200 quilómetros de rede primária, definimos 3.750 quilómetros como rede primária estruturante", frisou.
Miguel Freitas assegurou que, este ano, a rede primária estruturante vai ter uma metodologia diferente.
"Vamos deixar de ter planeamento anual para passar a ter planeamento plurianual. E temos já o dinheiro para os quatro anos. Foram alocados a toda a rede primária estruturante 16 milhões de euros para os próximos quatro anos", sustentou.