Temperaturas altas afectam produtividade das pomóideas
As temperaturas excepcionalmente elevadas do início do mês, que queimaram os frutos mais expostos, contribuíram para agravar as quebras de produtividade previstas nas pomóideas, já afectadas por condições meteorológicas desfavoráveis na fase da floração/vingamento e por precipitações intensas sob a forma de granizo nas principais regiões produtoras de maçã de Trás-os-Montes. Estas são algumas das previsões agrícolas, em 31 de Agosto, do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A colheita da pêra, referem os técnicos do INE no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Setembro de 2018, iniciou-se na penúltima semana de Agosto e a da maçã na última, estimando-se diminuições de produtividade de 10% na maçã e 20% na pêra, face a 2017.
Em termos de qualidade, embora com calibres heterogéneos, os frutos apresentam boas características organoléticas e, no caso das maçãs, colorações vermelhas e avermelhadas normais.
Desenvolvimento heterogéneo nos pomares de kiwi
Tal como a maioria das culturas permanentes, acrescenta o INE, o kiwi encontra-se com um atraso cultural de cerca de duas/três semanas em relação a um ano normal.
A floração da variedade mais representativa (Hayward) decorreu entre finais de Maio e finais de Junho, período em que, nas principais regiões produtoras (Litoral Norte e Centro), ocorreu precipitação e temperaturas baixas.
Estas condições meteorológicas, salienta o INE, prejudicaram a polinização, provocaram mais abortos florais e promoveram o desenvolvimento da PSA (bactéria causadora do cancro bacteriano do kiwi), sendo a carga dos frutos muito heterogénea entre pomares. Prevê-se uma diminuição do rendimento unitário em 5%, face a 2017.