Castanha

​O Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos tem quase uma dezena de projetos de valor superior a um milhão de euros para dinamizar o sector em Portugal, revelou à Lusa o presidente Albino Bento.

Produtores desesperam com número crescente de furtos.

O Inverno pouco frio, a Primavera chuvosa e o calor de julho e agosto determinaram um mau ano agrícola para a generalidade das culturas, antecipando-se perdas de 20% na produção de vinho, 15% nos olivais e 30% nas maçãs.

Considerada o “ouro da montanha”, a castanha é, em muitos concelhos de Trás-os-Montes, o produto com maior rentabilidade económica.

Há muitos anos que os homens e mulheres de Oleiros, e desta região, por esta altura do ano percorrem as serras e os vales em busca do medronho para fazer a famosa medronheira.

O tempo seco atrasou, este ano, o arranque da campanha de apanha de castanhas e prejudicou o calibre do fruto, na zona de Marvão, no Alto Alentejo, lamentam os produtores.

O maior grupo produtor mundial de castanha, o American Lorain, de capitais chineses, tem vindo a misturar castanhas chinesas com a castanha transmontana, o que está a fazer descer substancialmente o preço da castanha produzida no nosso país e também a sua qualidade.

O combate à vespa das galhas do castanheiro está ser feito em cerca de 30 municípios através da largada de parasitas que podem eliminar a praga que afeta a produção de castanha, segundo a associação do setor.

Em 2015, conscientes dos graves prejuízos que a vespa das galhas do castanheiro pode causar, agricultores, autarquias e outras entidades ligadas ao sector da castanha, em colaboração com Serviços Oficiais, inspecionaram os castanheiros plantados nesse ano, no sentido de detetarem e eliminarem (galhas) sintomas do inseto.