“Água é um bem precioso que temos de consumir o menos possível”
Filipe Duarte Santos diz que o país está no caminho certo das energias renováveis, mas faltam “medidas estruturais” para enfrentar os efeitos das alterações climáticas, como a seca. Para o investigador, que preside ao Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS), não pode haver preconceitos em relação a projetos como a reciclagem das águas residuais urbanas. Acha que a energia nuclear “não se justifica” em Portugal e aplaude o Papa por ter incomodado “todos os interesses dos combustíveis fósseis do mundo”.
Com secas cada vez mais frequentes e prolongadas em Portugal, é urgente repensar medidas que permitam enfrentar a falta de água. Em entrevista à Renascença e à agência Ecclesia, Filipe Duarte Santos, geofísico, professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e presidente do CNADS, diz que este é um problema “de todo o sul da Europa”, e fala dos projetos que era bom o país copiar.
O investigador lembra que a água “é um bem precioso” que tem de se poupar, mas que não pode faltar em setores essenciais como a agricultura, e que só equilibrando economia e ambiente é que se consegue ter um “desenvolvimento sustentável”. Comenta, ainda, os resultados da cimeira do clima COP 26 e o “esforço notável” do Papa Francisco em defesa do ambiente.
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