Análise dos mercados - 17 outubro

Nos mercados europeus, de registar a sustentabilidade do preço do trigo, devido às boas performances à exportação.

Bruxelas emitiu certificados de exportação esta semana para 945.239 toneladas de trigo (semana mais alta desta campanha) e à importação de 26.259 toneladas de milho. O milho desceu de preço com a pressão da colheita e não registou maior descida devido ao fraco volume importado de 26 mil toneladas.

A colza está muito pressionada, pois apesar da estabilidade do preço da soja, os óleos para o biodiesel, como o de palma, registaram uma descida de preço, acompanhando o baixo valor do barril de petróleo.

Grande estabilidade de preços no mercado americano, com uma ligeira subida, uma vez que devido à crise no sector bolsista, muitos capitais foram investidos em commodities. Assim, os fundos estiveram compradores de 5.000 lotes de milho, 6.000 lotes de soja e 5.000 lotes de trigo.

A soja recuperou da sessão anterior e o principal factor foi a compra de posições por parte dos fundos. A contribuir para esta situação está o clima adverso no Brasil que tem atrasado muito as sementeiras. Há que ter neste momento em consideração que o clima nos Estados Unidos já melhorou muito e o ritmo das colheitas está a ser retomado e dentro em breve atingirá a normalidade.

No mercado do Mar Negro de registar, como se previa, o aparecimento de chuvas na Ucrânia que devem continuar nos próximos dias, criando assim condições para o correcto desenvolvimento das plantas, antes da chegada da neve.

Estas chuvas devem também atingir a Rússia e resolver o problema da falta de humidade dos terrenos daquele país.